“Lamentando profundamente essa demissão, [a Direção da Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do Colégio Militar (APEEACM) e a Direção da Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar (AAACM)] não podem deixar de secundar as palavras do senhor Presidente da República quanto aos relevantes serviços prestados pelo General Carlos Jerónimo, merecendo-lhes um especial destaque a forma altamente meritória como tutelou o Colégio Militar”, lê-se num comunicado enviado à Agência Lusa.

No documento conjunto, as duas associações realçaram ainda o trabalho desenvolvido pela direção do Colégio Militar na “cuidada implementação de ações no sentido de contrariar eventuais preconceitos e promovendo soluções de integração na família colegial, como bem o demonstram os Projetos de Pedagogia Inclusiva entretanto desenvolvidos”.

“A sua ação é, portanto, digna de nota e não será maculada pelo esdrúxulo aproveitamento de uma certa comunicação social, que – estranhamente - parece esquecer que, face à especificidade do ambiente formativo, se exige especial atenção na gestão do tema dos afetos”, lê-se no comunicado.

As associações frisam ainda que o Colégio Militar “é e continuará a ser uma escola de valores, que promove a união, no respeito pela diversidade e identidade de cada um”.

O pedido de demissão do CEME ocorreu dois dias depois de o ministro da Defesa Nacional lhe ter pedido um esclarecimento a propósito de afirmações feitas pelo subdiretor do Colégio Militar sobre discriminação dos alunos homossexuais.

Numa reportagem publicada na sexta-feira pelo jornal ‘online’ Observador, o subdiretor do Colégio Militar, tenente-coronel António Grilo, afirmou: "Nas situações de afetos [homossexuais], obviamente não podemos fazer transferência de escola. Falamos com o encarregado de educação para que perceba que o filho acabou de perder espaço de convivência interna e a partir daí vai ter grandes dificuldades de relacionamento com os pares. Porque é o que se verifica. São excluídos".

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