Em comunicado, pode ler-se que para a decisão do fecho foram considerados “diversos pareceres, entre os quais, da Câmara Municipal de Mafra, do Comando Territorial da GNR e da Direção do Palácio Nacional de Mafra, secundados pela informação à Proteção Civil, aos Bombeiros, entre outros”.

A cerimónia em causa é o casamento da filha dos duques de Bragança, a Infanta, D. Maria Francisca.

De acordo com o Palácio Nacional, “as apertadas operações de segurança no interior e exterior do edifício, o condicionamento de trânsito e a organização de festejos populares no terreiro D. João V tornam inviável a abertura do palácio ao público por motivos de segurança interna e, sobretudo, das entidades em referência”.

O encerramento dá-se ao abrigo do Regulamento Geral de Bilhética e acesso aos museus, monumentos e palácios dependentes da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), em particular do artigo que refere que “compete ao Diretor-Geral do Património Cultural determinar, por despacho fundamentado, o encerramento temporário dos [Museus, Monumentos e Palácios]”.

Classificado Património Mundial em 2019, o Palácio Nacional de Mafra, naquele município do distrito de Lisboa, “é um conjunto arquitetónico barroco, formado por um palácio real, basílica, convento, jardim e tapada”, cuja construção foi iniciada em 1717.

“Possui importantes coleções de escultura italiana, pintura italiana e portuguesa, paramentos, bem como uma imponente biblioteca, dois carrilhões, seis órgãos históricos e uma enfermaria do século XVIII”, como se lê na descrição patente na página da DGPC.

O mesmo texto recorda que o palácio foi “residência de Estado durante a regência do príncipe João (VI), desde as invasões napoleónicas recebeu aquartelamento militar e serviu de residência sazonal à Família Real”.

“Foi a partir deste palácio que Manuel II, último monarca português, seguiu para o exílio, a 5 de outubro de 1910”, lembra a DGPC.