“Bexit”, “campeão”, “empoderamento”, “gerigonça”, “Humanista”, “microcefalia”, “parentalidade”, “presidente”, “turismo” e “racismo” são as palavras à escolha dos cibernautas até “ao último minuto do dia 31 de dezembro”, disse à agência Lusa fonte da Porto Editora.
A palavra vencedora será conhecida “na primeira semana de janeiro” próximo, numa cerimónia pública.
“Brexit” é uma palavra que surgiu associada à saída do Reino Unido da União Europeia, em resultado do referendo realizado naquele país, em junho último, explicou a mesma fonte.
Pela primeira vez, Portugal tornou-se campeão europeu de futebol, em julho passado, ao vencer a França, em Paris, na final da 15.ª edição do campeonato da UEFA, “o que justificou a escolha do termo ‘campeão'”.
O termo “empoderamento” passou “a ser usado com maior frequência para designar formas de obter mais controlo sobre a própria vida, através da conquista de direitos civis, independência ou equidade de géneros”, explicou.
Quanto ao termo “geringonça”, tem origem numa reação do antigo líder do CDS-PP, Paulo Portas, à formação do atual Governo, liderado por António Costa, e passou a ser usado para designar a maioria de esquerda no parlamento (PS/Bloco de Esquerda/PCP e Partido Ecologista “Os Verdes”), que apoia o executivo.
“Humanista” foi, segundo a Porto Editora, “um dos adjetivos mais utilizados para qualificar António Guterres durante o processo de seleção que o levou ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas”, do qual tomará posse no dia 01 de janeiro próximo.
O termo “Microcefalia” tornou-se mais conhecido devido à pandemia registada este ano, em alguns Estados sul-americanos, principalmente no Brasil.
“O risco da ocorrência desta condição patológica durante a gravidez, surgiu associado ao vírus zica, transmitido pelo mosquito Aedes”, que aconteceu naquela região do globo.
“Tema frequente ao longo do ano” foi “parentalidade”, que “aborda o conjunto de atividades desenvolvidas pelos educadores com vista a um melhor desenvolvimento das crianças”.
“Presidente”, este cargo, “tornou-se muito frequente nas notícias”, desde que Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse como Presidente da República, no passado dia 19 de março, adianta a Porto Editora.
“Os excelentes resultados da indústria do turismo têm um impacto positivo na economia do país, mas esta realidade abriu o debate em termos de sustentabilidade e qualidade de vida nas grandes cidades”, e daí também a escolha do termo “turismo” para votação.
Finalmente, surge a palavra “racismo”, segundo a Porto Editora, porque, “de forma preocupantemente crescente, têm-se multiplicado atitudes e manifestações de racismo um pouco por todo o mundo, com particular incidência na Europa, mas também nos Estados Unidos”.
A escolha da Palavra do Ano iniciou-se em maio, em Portugal e, pela primeira vez, em Angola e Moçambique, acolhendo sugestões de cibernautas, nos três países, num processo que passa sobretudo pelo estudo da frequência e distribuição do uso das palavras, da monitorização da comunicação social e das redes sociais e, ainda, dos acessos e consultas aos dicionários digitais da Porto Editora.
A eleição da Palavra do Ano, na sua oitava edição, “já faz parte do calendário dos portugueses, tal a curiosidade que desperta e a participação crescente nas votações, na ordem das dezenas de milhares, apesar de se fazer exclusivamente ‘online'”, disse à Lusa fonte da editora.
No ano passado, segundo a Porto Editora, registou-se uma participação superior a 20.000 cibernautas.
As palavras eleitas nas edições anteriores foram “esmiuçar” (2009), “vuvuzela” (2010), “austeridade” (2011), “entroikado” (2012), “bombeiro” (2013), “corrupção” (2014) e “refugiado” (2015).
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