A vítima mortal foi atingida a tiro em Khan Yunis, sul do território, e um dos cinco pontos onde desde 30 de março e até 15 de maio estão a ser convocadas concentrações da designada “Grande Marcha do Regresso”.

Cerca de 167 pessoas foram assistidas pelas equipas médicas, 45 feridas por balas reais, indicou o ministério.

O exército judaico informou que cerca de 5.000 palestinianos participaram nos protestos de hoje, considerados “violentos, e onde se queimaram pneus e lançaram pedras contra as tropas israelitas” que estão próximas da vala de segurança. O comunicado militar também indica que foram lançados objetos incendiários com o objetivo de queimar áreas do território israelita.

“O exército está a responder com meios antidistúrbios e abre fogo de acordo com as regras de confrontação”, indica o comunicado militar.

Hoje cumpriu-se a sétimo e última sexta-feira de protestos antes das convocatórias para segunda-feira contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém, quando Israel celebra os 70 anos da sua criação, e de terça-feira, quando os palestinianos evocam a Nakba (Catástrofe em árabe), na sequência das vastas operações de limpeza étnica e assassinatos cometidos por grupos militares e paramilitares judaicos que antecederam e se sucederam à fundação no novo Estado.

“Os próximos dias serão decisivos na história da nossa gente”, disse hoje o chefe-adjunto do movimento islamita Hamas em Gaza, Jalil al Hayah.

O exército israelita repetiu hoje que “não permitirá que a sua infraestrutura de segurança seja danificada e continuará cumprindo da forma que considerar necessária a sua missão de defender e garantir a segurança dos cidadãos de Israel e a soberania israelita”.

Desde o início dos protestos da “Grande Marcha do Retorno” já foram mortos 52 palestinianos junto à fronteira de Gaza com Israel. Os manifestantes denunciam ainda o prolongado bloqueio imposto por Israel e Gaza e exigem o regresso dos refugiados às suas antigas terras.