Num discurso aos embaixadores acreditados junto da Santa Sé, Francisco referiu-se à maternidade de substituição ao listar uma série de ameaças à paz global e à dignidade humana.
Segundo o Papa, a vida do nascituro deve ser protegida e não “suprimida ou transformada em objeto de tráfico”.
“Considero desprezível a prática da chamada maternidade de aluguer, que representa uma grave violação da dignidade da mulher e da criança, baseada na exploração de situações de necessidades materiais da mãe”, afirmou, citado pela agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).
Referindo que uma criança é uma dádiva e “nunca a base de um contrato comercial”, Francisco apelou a uma interdição global da “barriga de aluguer” para “proibir esta prática universalmente”.
O Papa já tinha manifestado a oposição da Igreja Católica ao que designou de “aluguer do útero”, proibido nalguns países europeus, como a Espanha e a Itália.
No entanto, o departamento doutrinal do Vaticano esclareceu que os pais homossexuais que recorrem à “barriga de aluguer” podem batizar os seus filhos.
Na apresentação da lista dos males que afligem a humanidade e da crescente violação do direito humanitário internacional que os permite, Francisco citou a guerra da Rússia na Ucrânia, a guerra Israel-Hamas, a migração, as crises climáticas e a produção “imoral” de armas nucleares e convencionais.
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