“Estou feliz […] por escrever na vossa cara terra uma nova página da história das relações entre as religiões, confirmando que somos irmãos mesmo sendo diferentes”, afirma o Papa na mensagem, em duas versões, italiana e árabe.
O chefe da Igreja Católica agradece ao príncipe herdeiro Mohammed bin Zayed al-Nahyan o convite para participar num encontro inter-religioso sobre o tema “fraternidade humana”, onde terá ocasião de se encontrar com um “amigo e irmão”, o grande imã sunita de Al-Azhar, o xeque Ahmed al-Tayeb.
Esse encontro, considera, reflete “a coragem e a vontade de afirmar que a fé em Deus une, em lugar de dividir, aproxima, apesar das diferenças, e afasta a hostilidade e a aversão”.
Francisco sublinha ainda que os Emirados Árabes Unidos “procuram ser um modelo de coabitação, de fraternidade humana e de encontro entre civilizações e culturas diversas, onde muitos encontram um local seguro para trabalhar e viver em liberdade e no respeito pela diversidade”.
“Alegro-me por encontrar um povo que vive o presente com o olhar voltado para o futuro”, diz.
Ao contrário da vizinha Arábia Saudita, que proíbe a prática de outras religiões que não o Islão, os Emirados querem projetar uma imagem de país tolerante.
A sua população, 90% da qual é estrangeira, conta com muitos cristãos, designadamente entre os trabalhadores indianos e filipinos.
A visita do Papa foi qualificada de “histórica” pelo governo dos Emirados.
Francisco encontra-se com o xeque Ahmed al-Tayeb na segunda-feira, 4 de fevereiro.
A 5, o Papa celebra uma missa no estádio xeque Zayed, em Abu Dhabi, para 135.000 pessoas.
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