“Desde 27 de fevereiro que estão em curso negociações na Nicarágua para resolver a grave crise sociopolítica pela qual o país está a atravessar”, disse o papa diante dos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro para a oração do Angelus.
“Acompanho esta iniciativa com a minha oração e encorajo as partes a encontrar o mais rapidamente possível uma solução pacífica para o bem de todos”, pediu o papa Francisco à janela do palácio Apostólico.
A Nicarágua debate-se com uma grave crise política há 11 meses, desde o início de uma onda de manifestações contra o Governo de Daniel Ortega, de 73 anos, no poder desde 2007.
Os opositores acusam o ex-guerrilheiro sandinista de ter instaurado uma ditadura e exigem que abandone a Presidência, juntamente com a vice-presidente, a sua mulher, Rosario Murillo.
Por seu lado, o chefe de Estado denuncia uma tentativa de golpe de Estado da oposição, com o apoio da Igreja Católica e de Washington.
A crise já fez mais de 325 mortos e mergulhou o país numa recessão económica.
Na quarta-feira, o Governo da Nicarágua anunciou a libertação em 90 dias de todos os opositores presos para relançar o diálogo com a oposição, interrompido há vários dias. Esta era uma condição ‘sine qua non’ dos adversários do Presidente, Daniel Ortega, para se sentarem novamente à mesa das negociações.
Até ao momento, o número de prisioneiros que serão libertados não foi especificado.
Comentários