Francisco repetiu hoje no Bangladesh uma ideia que já repetiu em alguns dos seus discursos a religiosos, sobre o perigo das divisões no seio das comunidades católicas e o perigo da “bisbilhotice”.
No seu discurso, o papa sublinhou que a Igreja do Bangladesh é muito ativa no diálogo inter-religioso e pediu que fizesse o mesmo entre as comunidades católicas, de modo a promover a harmonia.
“Gosto sempre de mencionar um dos grandes defeitos, e há quem me critique porque sou repetitivo, mas o inimigo do espírito são os boatos”, disse.
“A língua, a língua, é isto que destrói uma comunidade. É falar mal dos outros, sublinhar os defeitos dos outros, mas não o dizer e assim criar desconfiança e um ambiente em que não há paz”, acrescentou.
O papa assegurou que tal é “terrorismo”, porque “o que vai falar mal dos outros não o diz publicamente, tal como o terrorista não o diz publicamente. Aquele que vai falar mal dos outros fá-lo às escondidas. Atira a bomba e vai-se embora e a bomba destrói tudo e ele vai tranquilamente colocar outras”.
Francisco deixou um conselho: “Quando tens vontade de falar mal de alguém, é melhor que mordas a língua, talvez ela inche, mas não farás mal a ninguém”.
O papa pediu também aos religiosos que “tentem pedir e ter espírito de alegria” porque “sem alegria não se pode servir Deus”, e criticou padres ou freiras “com cara de vinagre”, que parece que “tomaram vinagre ao pequeno-almoço”.
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