Numa breve declaração escrita, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, disse que Francisco confiou a missão ao cardeal Matteo Zuppi, que é próximo do pontífice.
Bruni disse que o calendário e os mecanismos da missão “estão atualmente a ser estudados”.
Uma semana antes, Francisco teve um encontro com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Vaticano. Depois disso, Zelensky, quando questionado sobre o encontro, indicou que considerava impossível qualquer mediação com o Presidente russo, Vladimir Putin, que ordenou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
No final de abril, regressando a Roma após uma peregrinação na Hungria, Francisco indicou aos jornalistas a bordo do avião que o Vaticano estava envolvido num tipo de missão de paz, mas recusou-se a dar pormenores.
"Posso confirmar que o papa Francisco encarregou o cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, de conduzir uma missão, de acordo com a Secretaria de Estado (do Vaticano), que contribuísse para aliviar as tensões no conflito na Ucrânia, na esperança, nunca abandonada pelo Santo Padre, de que isso possa lançar caminhos de paz”, disse Bruni.
"O calendário dessa missão e as suas modalidades estão atualmente a ser estudados”, disse o porta-voz.
No início da semana, um site italiano que se dedica às questões do Vaticano indicou que o Papa tinha designado enviados pessoais para falar com Zelensky e Putin, na esperança de conseguir um cessar-fogo.
A breve declaração de sábado à noite do Vaticano não mencionou a Rússia.
Francisco tem denunciado repetidamente a guerra, advertido contra a acumulação de armas no conflito e rezado pelo povo ucraniano em sofrimento. De um modo geral, nos seus muitos comentários sobre a guerra, tem evitado culpar Putin.
O pontífice afirmou que iria a Kiev, capital da Ucrânia, se a peregrinação ajudasse a trazer a paz, mas disse que isso só poderia acontecer se também pudesse visitar Moscovo.
Comentários