“Atendendo ao convite das autoridades civis e religiosas, o Papa Francisco fará uma viagem apostólica ao Bahrein de 03 a 06 de novembro”, declarou Matteo Bruni, diretor do serviço de imprensa do Vaticano, num comunicado.

O Papa visitará as cidades de Manama e Awali no âmbito desta viagem e vai participar ainda no “Fórum para o Diálogo: Oriente e Ocidente por uma coexistência humana”, refere-se no comunicado, acrescentando que os pormenores da viagem serão divulgados numa data posterior.

É a primeira vez que um Papa visita este Estado insular do Médio Oriente, que tem cerca de 1,2 milhão de habitantes, na sua maioria muçulmanos.

O Bahrein inaugurou em dezembro de 2021 a maior igreja católica da Península Arábica, a Catedral de Nossa Senhora da Arábia, em Awali, erguida a cerca de 1,6 quilómetros de uma grande mesquita e a pouca distância de um poço de petróleo.

Segundo estimativas do Vaticano, o Bahrein tem cerca de 80.000 católicos, principalmente trabalhadores da Ásia (Índia e Filipinas).

A agência de notícias do Vaticano referiu que os 2,5 milhões de católicos no Bahrein, Kuwait, Qatar e Arábia Saudita, muitas vezes trabalhadores estrangeiros, nem sempre têm liberdade para praticar a sua religião e, como resultado, muitos vão regularmente ao Bahrein.

Durante a inauguração da catedral, Francisco enviou uma carta de agradecimento ao Rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa.

O soberano, que o Papa recebeu em audiência em 2014 e 2020, respondeu-lhe expressando o seu “grande desejo de ver o Papa no Bahrein” e reafirmando “a sua intenção de promover uma abertura cada vez maior do país para pessoas que não seguem a religião muçulmana”.

O Kwait foi o primeiro país da região a formalizar as suas relações com o Vaticano em 1968. O Iémen fez o mesmo em 1998, o Bahrein em 2000, o Qatar em 2002 e os Emirados Árabes Unidos em 2007.

A Arábia Saudita e Omã ainda não estabeleceram relações diplomáticas formais com o Vaticano.

O líder dos católicos pede constantemente a tolerância religiosa e a coexistência pacífica dos crentes, especialmente no mundo muçulmano.

Francisco, de 85 anos, fez do diálogo com o mundo muçulmano uma marca registada do seu papado.

O Papa Francisco já visitou, entre outros países, Jordânia, Turquia, Bósnia e Herzegovina, Egito, Bangladesh, Marrocos, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Cazaquistão [que visitou em setembro].

O estado de saúde de Francisco é objeto de muita especulação porque, enfraquecido pelos seus problemas no joelho, deixou “em aberto” a possibilidade de um dia renunciar ao seu ministério.

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