O enviado especial será o arcebispo polaco Henryk Hoser e, segundo informação da Santa Sé, a sua missão terá o objetivo de “adquirir informação aprofundada sobre a situação pastoral desta realidade e, sobretudo, das exigências” dos peregrinos.
Face a essas exigências, deverá “sugerir eventuais iniciativas pastorais para o futuro”, lê-se num comunicado, em que se insiste que a missão terá “um caráter exclusivamente pastoral”.
Hoser continuará no cargo de arcebispo de Varsóvia-Praga e deverá continuar o seu trabalho como enviado especial a Medjugorje antes do próximo verão.
O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, esclareceu que esta nomeação não está relacionada com o estudo das supostas aparições marianas, mas o enviado deverá ocupar-se de conhecer a situação dos peregrinos.
O santuário de Medjugorje é destino para numerosos peregrinos que se dirigem a esta localidade, depois de em 1981 seis crianças pastoras terem afirmado que lhes tinha aparecido a Virgem Maria, nos arredores da cidade.
Segundos os alegados videntes, desde então, a Virgem ter-lhes-á aparecido em mais de 40 mil ocasiões.
O Vaticano não reconheceu estas aparições, vistas pelos especialistas com ceticismo, e está atualmente a estudar o caso, analisado por uma comissão internacional designada em 2010 pelo papa de então, Bento XVI.
O papa Francisco viajou em junho de 2015 à Bósnia-Herzegovina, em concreto à sua capital, Sarajevo, e no regresso disse que tomaria uma decisão sobre “o problema de Medjugorje”.
Apesar de as supostas aparições nunca terem sido reconhecidas, o lugar transformou-se numa próspera atração jurídica, onde se dirigem milhões de pessoas para se postrar aos pés da Virgem ou pedir um milagre.
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