Os encontros decorrem até domingo e esta é a segunda vez que o papa se reúne com vítimas do padre chileno, cujos crimes foram ocultados pela igreja do Chile.

Karadima foi condenado em 2011 pela justiça canónica a uma vida de reclusão e penitência por esses atos.

Juan Barros, nomeado bispo em março de 2015 pelo papa Francisco, foi acusado no Chile de encobrir os casos de abuso sexual cometidos pelo influente Fernando Karadima quando era pastor da igreja El Bosque, em Santiago.

Depois de ter recebido há algumas semanas James Hamilton, Juan Carlos Cruz e José Andrés Murillo, vítimas de abusos por parte de Karadima quando eram menores, e representantes da luta contra o silêncio da Igreja Chilena, Francisco reabre agora as portas de sua residência para ouvir um novo grupo.

Ao todo são cinco sacerdotes chilenos da paróquia de El Bosque, vítimas de Karadima, dois padres que ajudaram as vítimas na sua jornada legal e espiritual, e dois leigos envolvidos neste processo.

No sábado o grupo poderá assistir a uma missa matinal presidida pelo papa na capela da Casa Santa Marta, um privilégio que não tiveram os 34 bispos que há algumas semanas se reuniram com o papa.

A 18 de maio todos os bispos chilenos apresentaram a sua renúncia ao papa Francisco depois de três reuniões com o pontífice na sequência do escândalo de abusos sexuais que abalou o clero no Chile.

Os bispos do Chile foram convocados de 15 a 17 de maio para se reunirem com o papa Francisco depois de uma série de erros e omissões na gestão de casos de abuso, especialmente em relação ao caso de Juan Barros, acusado de encobrir o padre Fernando Karadima.

Francisco convocou os bispos depois de descobrir que estava mal informado sobre este caso, tendo também reunido com as vítimas.

No final de três reuniões com o papa Francisco, os bispos anunciaram que assinaram um documento oferecendo a sua renúncia, colocando assim o seu destino nas mãos do papa.