
Antes de se dirigir à “mãe de todas as igrejas”, onde residiam os papas antes de se mudarem para o Vaticano, o Pontífice passou ritualmente pelo Capitólio, sede da Câmara Municipal da capital italiana.
“A paz é a vocação universal mais forte de Roma”, disse-lhe o presidente da câmara, Roberto Gualtieri, fazendo eco da mensagem do Papa americano que, desde a sua tomada de posse a 18 de maio, condenou repetidamente os conflitos armados que assolam o mundo.
Na Basílica de Latrão, onde cada novo Papa vem tomar posse da cátedra episcopal após a sua eleição, Leão XIV celebrou uma missa invocando o espírito da catedral, que, segundo ele, deve inspirar “ternura, disponibilidade para o sacrifício e capacidade de escuta que permita, não só ajudar, mas também, muitas vezes, antecipar necessidades e expectativas antes de serem expressas”.
Foi nesta basílica monumental que, em 1929, foram assinados os Acordos de Latrão entre a Santa Sé e o regime do ditador Benito Mussolini, normalizando as relações entre a península e o Vaticano após a anexação de Roma na sequência da unificação de Itália.
Nesta mesma igreja também é celebrada a 13 de dezembro – dia do aniversário de Henrique IV – uma missa em honra de França.
Depois de ter recebido a absolvição do Papa por ter abjurado a religião protestante, Henrique IV ofereceu a abadia beneditina de Clairac, em Lot-et-Garonne (sul de França), ao Latrão em troca do título de cónego de Saint-Jean-de-Latran.
Este título passou posteriormente para os presidentes da República Francesa.
Os Presidentes René Coty, Charles de Gaulle, Valéry Giscard d’Estaing, Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e Emmanuel Macron fizeram a viagem para receber o título, enquanto Georges Pompidou, François Mitterrand e François Hollande não o fizeram.
O Papa deverá depois visitar a Basílica de San Maria Maggiore, também em Roma, onde está sepultado o seu antecessor, Francisco, falecido a 21 de abril, aos 88 anos.
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