Isabel Camarinha falava no encerramento da Conferência Sindical Internacional, organizada pela CGTP-IN, que decorreu no Seixal, distrito de Setúbal, reunindo sindicalistas representantes de cerca de 90 centrais sindicais de todo o mundo.

A iniciativa enquadra-se na realização do XV Congresso da CGTP-IN, que se realiza na sexta-feira e no sábado, também no Seixal, e que será marcado pela renovação de um quarto dos dirigentes, incluindo a secretária-geral, Isabel Camarinha, que será substituída no cargo por Tiago Oliveira.

“Estamos convictos e a história comprova que é crucial o papel dos sindicatos e que está nas mãos dos trabalhadores com a sua organização, unidade e luta, a transformação da sociedade, a construção de um futuro de solidariedade e paz, de desenvolvimento, progresso e justiça social”, defendeu Isabel Camarinha.

A secretária-geral da CGTP-IN adiantou que “num quadro em que o capital procura aumentar a exploração, em que se avolumam as injustiças e desigualdades é fundamental afirmar as revindicações dos trabalhadores e intensificar ainda mais as muitas lutas em desenvolvimento em defesa dos seus direitos de classe”.

A conferência internacional intitulada “Unidade dos Trabalhadores na Luta pelos Direitos, Paz e Solidariedade!", adiantou, acontece num momento particular em que se comemora os 50 anos da revolução de Abril, cujos valores e conquistas são elemento que tem de ser projetado na construção de outro rumo par ao pais e para os trabalhadores.

“A valorização do trabalho e dos trabalhadores é um pilar central da revolução. A Constituição da República que dela emergiu não é neutra e reflete estas opções quando preconiza a defesa e proteção dos trabalhadores nas relações laborais”, disse.

Isabel Camarinha adiantou que o compromisso da central sindical é de luta pela paz e cooperação entre povos, e assegurou que a CGTP procurará reforçar o relacionamento com as centrais sindicais mundiais em defesa dos interesses dos trabalhadores.

“Estamos certos da importância da solidariedade e de convergência e procuraremos intensificar a nossa ação, de esclarecimento, mobilização e desenvolvimento da luta dos trabalhadores no local onde se dá a exploração”frisou.