“Desde as 07:30 da manhã (02:30 em Lisboa) e até às 23:59 (18:59 em Lisboa) todos os aeroportos do Paquistão vão permanecer fechados”, disse à agência EFE o porta-voz da Aviação Civil paquistanesa (CAA), Mujtaba Baig.
O mesmo responsável indicou que os voos nacionais foram cancelados e que os aparelhos que fazem ligações internacionais estão a ser desviados, mas especificou que os aviões comerciais que estão próximos do país e com combustível limitado vão ser autorizados a aterrar em solo paquistanês.
Baig não especificou o número de voos cancelados ou desviados para outros países.
A medida foi decretada na sequência da escalada militar entre a Índia e o Paquistão.
As autoridades militares paquistanesas anunciaram hoje o derrube de dois aviões de combate indianos que sobrevoavam o espaço aéreo do país.
“A Força Aérea do Paquistão derrubou dois caças indianos dentro do espaço aéreo paquistanês” disse hoje o porta-voz do Exército do Paquistão, o general Asif Ghafoor através de uma mensagem difundida pela rede social Twitter.
Ghafoor já tinha afirmado que os pilotos dos aviões atingidos foram detidos, sendo que um deles, que se encontra ferido, foi transportado para um hospital sob vigilância militar.
O mesmo oficial confirmou também que aviões de combate do Paquistão efetuaram bombardeamentos contra território indiano, mas “sem intenção de provocar mortes ou danos colaterais”.
A nova escalada entre as duas nações (que detêm armas nucleares) intensificou-se depois do ataque da Índia contra campos de treino do grupo radical islâmico Jaish-e-Nohammed (JeM) responsável pelo atentado que provocou a morte de 42 polícias na zona indiana de Caxemira no passado dia 14 de fevereiro.
De acordo com Nova Deli a operação militar indiana atingiu “um importante número de terroristas do JeM, instrutores, comandantes e combatentes que estavam a ser treinados para levar a cabo novos ataques”.
Islamabad negou a existência de baixas ou danos materiais, admitindo que se verificou “uma breve invasão aérea sobre o território do Paquistão” durante a qual foram lançadas quatro bombas “em espaços abertos”.
A União Indiana tem acusado repetidamente o Paquistão de apoiar o terrorismo nas zonas de fronteira e de permitir a presença de grupos terroristas que atuam contra a população indiana, nomeadamente em Caxemira.
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