Num relatório divulgado na sexta-feira, especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) concluíram que o exército sírio utilizou armas químicas num ataque contra a localidade de Qmenas, na província de Idleb, no noroeste do país, a 16 de março de 2015.
Segundo esta comissão de inquérito, este ataque químico dos militares sírios foi o terceiro desde 2014.
A comissão de inquérito tinha antes acusado o grupo extremista Estado Islâmico de ter utilizado gás mostarda no norte da Síria, em agosto de 2015.
“O exército sírio e o Daesh [acrónimo árabe para Estado Islâmico] utilizaram armas químicas contra civis em pelo menos três ocasiões. Estes atos são desumanos e inaceitáveis”, reagiu o ministro dos Negócios Estrangeiros francês num comunicado.
Ayrault pediu “uma condenação clara desses crimes através de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas […] com sanções para os seus autores”.
Os Estados Unidos, o Reino Unido e a França já pediram sanções contra os autores de ataques com armas químicas na Síria, nomeadamente contra o regime do Presidente, Bashar al-Assad.
Mas o Governo sírio é protegido pelo seu aliado russo (como aqueles três países membros permanentes e com direito de veto do Conselho de Segurança), que tem considerado que a comissão de inquérito não fornece provas suficientemente conclusivas para desencadear a aplicação de sanções.
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