“Apresentamos esta moção de censura para dar voz a tantos portugueses que de norte a sul do país, do litoral ao interior estão saturados com um Governo que a muitos enganou com a fábula do fim da austeridade”, afirmou Assunção Cristas.
No discurso de abertura da moção de censura do CDS ao Governo, a segunda apresentada pelos centristas desde outubro de 2017, insistiu na acusação de que o Governo é “incompetente”, está “esgotado, desnorteado”.
E desafiou BE e PCP a apresentarem as suas próprias moções de censura, prometendo que o CDS também as votaria.
Ao longo do discurso, Assunção Cristas deu vários exemplos das "opções profundamente erradas", a motivação primeira da moção de censura.
E deu os exemplos das expetativas incumpridas, "a rutura social e de diáologo", a "carga fiscal máxima para serviços públicos mínimos", com o "caos" na saúde, ou o "investimento público mínimo".
O Governo, acussou ainda, "adiou o país, desperdiçou a melhor conjuntura internacional de que há memória" e, "com um crescimento europeu e mundial ímpares, uma política europeia de juros baixos favorável, um preço baixo do petróleo", conseguiu "resultados medíocres".
Subindo o tom das críticas, insistiu que o executivo "é o campeão do desinvestimento", fez "pior do que no ano de 2015", o "primeiro ano sem o garrote da 'troika'".
"Este Governo das esquerdas vai bem além da 'troika' mesmo sem 'troika'", afirmou.
A moção de censura do CDS, anunciada na sexta-feira, foi justificada com “o esgotamento” do executivo, “incapaz de encontrar soluções” para o país e de só estar a pensar “nas próximas eleições”.
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