Bruno Candé, 39 anos e de origem guineense, foi morto a tiro no sábado, em Moscavide, e o suspeito da morte do ator vai aguardar julgamento em prisão preventiva.
A resolução, divulgada hoje à imprensa, refere que foi autorizada a “criação e deslocação de uma delegação a Portugal com vista a manter contactos com as autoridades portuguesas sobre aquele assassínio e inteirar-se da situação dos cidadãos guineenses naquele país”.
Os parlamentares da Guiné-Bissau condenam o assassínio do ator, considerando que foi “fundado em motivos fúteis, por representar o que mais desprezível existe num ser humano”.
Os deputados guineenses encorajam também as “autoridades portuguesas a prosseguir com a urgência necessária, as devidas diligências, de modo a traduzir à justiça o responsável por este ato ignóbil”.
Na resolução, os deputados consideram que o assassínio ocorreu por “motivos racistas” e salientam que a “diversidade racial, cultural, étnica e religiosa representam do que de mais belo possui a humanidade” e que é da “responsabilidade coletiva a defesa e respeito por essa heterogeneidade planetária”.
Bruno Candé, de 39 anos, foi baleado, no sábado, por outro homem, de 76 anos, em Moscavide, no concelho de Loures, distrito de Lisboa.
Em comunicado divulgado no mesmo dia, a família disse que o ator “foi alvejado à queima-roupa” e que o suspeito da morte de Bruno Candé já o tinha “ameaçado de morte três dias antes, proferindo vários insultos racistas”.
O ator era casado e tinha três filhos menores.
O suspeito do homicídio, que se remeteu ao silêncio quando foi ouvido na manhã de segunda-feira, no Tribunal de Loures, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, adiantou à agência Lusa fonte judicial.
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