“É com muita emoção que proponho um minuto de silencio em homenagem a Samuel Paty, a todas as vítimas do terrorismo e fanatismo e a todos os que o combatem no quotidiano através das suas profissões, empenho e exemplo”, declarou o presidente da assembleia, David Sassoli, no arranque da sessão plenária, que decorre até quinta-feira em Bruxelas.
Antes de realizar este minuto de silêncio, David Sassoli disse aos eurodeputados que Samuel Paty, um professor francês de História e Geografia, “foi brutalmente assassinado na sexta-feira por um terrorista islâmico por acreditar na liberdade de expressão e desejar transmitir aos seus alunos o livre pensamento e os valores de viver em comunidade”.
“Cinco anos depois dos atentados contra a sede do Charlie Hebdo, devido às caricaturas de Maomé, aconteceu mais uma morte [em França] por causa do fanatismo e intolerância”, deplorou o líder do Parlamento Europeu, manifestando “toda a solidariedade para com os familiares e amigos de Samuel Paty e para com todos os professores de França ou de qualquer parte”.
“O terrorismo combate-se pela educação, pelo ensino, que era o que Samuel Paty fazia, um ensino aberto, crítico, defendo o diálogo e o conhecimento. […] É um combate quotidiano, travado por milhões de professores”, concluiu David Sassoli.
Samuel Paty, um pai de família de 47 anos, foi decapitado perto do colégio onde ensinava História e Geografia, numa área tranquila de Conflans-Sainte-Honorine, nos subúrbios a oeste de Paris.
O autor da morte de Samuel Paty morreu poucos minutos após o crime, devido a disparos policiais na sequência do confronto com polícias.
O assassino era um jovem de 18 anos, oriundo de uma família russo chechena que migrou para França com o estatuto de refugiado.
Fonte da polícia explicou que a vítima terá exibido caricaturas do profeta Maomé durante uma disciplina sobre liberdade de expressão.
O homicídio ocorreu cerca das 17:00 locais (16:00 em Lisboa) de sexta-feira, nas imediações do colégio de Bois d’Aulne, em Conflans-Sainte-Honorine.
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