A assembleia iraniana realizou uma sessão extraordinária para avaliar a situação do país, na sequência dos protestos dos últimos dias, que levaram a confrontos entre os manifestantes e a polícia.
Citado pela agência EFE, o porta-voz da comissão de Segurança Nacional e Política Externa, Naqaví Hoseiní, disse que “o povo do Irão não tolera que um grupo perturbe a ordem pública e cause danos”.
Para Naqaví Hoseiní, os protestos acabaram em tumultos devido à intervenção dos Estados Unidos, Israel e Arábia Saudita.
Por outro lado, o parlamento reconheceu que a confiança da população se deteriorou, perante o aumento do custo de vida, da política económica e dos casos de corrupção que foram detetados.
A Rússia também se manifestou sobre a questão, advertindo que a influência estrangeira nos assuntos internos do Irão é “inadmissível”.
“A intervenção estrangeira que desestabiliza a situação é inadmissível”, disse um porta-voz da administração russa.
Cerca de 200 pessoas foram detidas na sequência de protestos contra o Governo iraniano em Teerão, informou, no domingo, o vice-governador da capital, Ali Asghar Nasserbakht, citado pela agência ILNA.
Nasserbakht disse que a polícia deteve pessoas que planeavam realizar motins e distúrbios, bem como a destruição de instalações públicas.
O mesmo responsável, que tem a tutela da segurança em Teerão, avançou que foram detidos cerca de 40 líderes dos manifestantes.
Pelo menos 12 pessoas morreram nos protestos que ocorreram no Irão, adiantou hoje a televisão estatal iraniana.
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