“Ouvi todos os partidos e o deputado independente e houve um consenso esmagador no sentido, primeiro, de não haver coincidência de datas eleitorais”, disse aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa, que durante a tarde recebeu, no Funchal, os sete partidos e o deputado independente que têm assento na Assembleia Legislativa da Madeira sobre a marcação das eleições regionais do próximo ano.

Por outro lado, continuou, os representantes dos partidos também lhe transmitiram que deve “haver uma primazia para as eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira” em relação às eleições para a Assembleia da República.

Assim, os partidos apontaram para “uma data no final de setembro, mais especificamente no dia 22 de setembro”, anunciou.

O chefe de Estado adiantou ainda que, oportunamente, irá ouvir “os partidos com assento na Assembleia da República para depois ter o panorama global do calendário eleitoral”.

“No devido tempo haverá a marcação formal da data das eleições quer para a Assembleia Legislativa da Madeira, quer para a Assembleia da República”, afirmou.

Sobre a sua visita de dois dias à região Autónoma da Madeira, Marcelo Rebelo de Sousa disse que a sensação à saída é a mesma de sempre.

“Saio como saio sempre da Madeira, que é com a sensação de que, com diferentes pontos de vista que é próprio de uma democracia plural, há aqui uma grande mobilização do povo e da sociedade madeirense”, referiu, sublinhando que essa mobilização é “no sentido de crescimento económico, boas notícias no turismo, de atividade empresarial, de preocupação com a coesão social e territorial”.

O Presidente da República destacou ainda a “grande aposta na educação” na Madeira, sublinhando que “é a educação que vai fazer a diferença no futuro”.

Sobre as comemorações dos 600 anos do Porto Santo, que decorreram naquela ilha, na quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa recordou-as como “um momento único, singular”, que “foi mais do que uma festa e, num determinado momento, foi uma afirmação de força para o futuro”.

O chefe de Estado disse ainda ter registado “uma série de pontos de vista, reivindicações ou preocupações que tem a ver com questões de mobilidade, ou de saúde, ou de afirmação da autonomia político-administrativa da Madeira e de relacionamento institucional com os órgãos de soberania”, além de ter tomado “devida nota das preocupações dos lesados do Banif”.


*Artigo atualizado às 21h00