Partido Social Democrata

O presidente do PSD defendeu hoje a realização de eleições antecipadas, dizendo que “o Governo caiu por dentro” e que a degradação do executivo “impõe que não se perca mais tempo e se devolva a palavra ao povo".

“Esta recuperação só é viável com eleições antecipadas, e estamos preparadas para elas”, disse Luís Montenegro.

Montenegro falava aos jornalistas na sede nacional do PSD, no final de uma reunião da Comissão Permanente, convocada ainda antes do anúncio da demissão do primeiro-ministro – aceite pelo Presidente da República -, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

PAN

A porta-voz do PAN apontou hoje que vai aguardar para ouvir as soluções que estão a ser equacionadas pelo Presidente da República para o futuro político do país e recusou "comprometer a discussão" do Orçamento do Estado.

“O PAN vai aguardar a chamada do senhor Presidente da República para ouvir o que Marcelo Rebelo de Sousa tem a dizer aos partidos (…) e vamos também aguardar pelo Conselho de Estado. Mas todas as forças políticas e todas as instituições têm o dever de pôr o superior interesse do país e das pessoas à frente dos interesses e das querelas políticas”, afirmou, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, após o anúncio da demissão do primeiro-ministro.

A líder do PAN quer ouvir especificamente “as soluções que Marcelo Rebelo de Sousa possa ter em cima da mesa além da possibilidade de dissolução da Assembleia da República”.

“O PAN quer primeiro perceber o que está em mente para o Presidente da República, mas é com preocupação que vemos, em plena discussão do Orçamento do Estado, estarmos a ir novamente para um cenário de eleições. Os portugueses precisam de respostas agora”, defendeu, considerando que “não é tempo de estar a ter uma solução que possa comprometer esta discussão”.

A porta-voz indicou que o PAN vai reunir a Comissão Política Nacional para “tomar uma decisão consolidada” sobre o tema, após ouvir o chefe de Estado, e sustentou que “os portugueses não querem instabilidade política”.

Inês de Sousa Real disse não querer o país a funcionar “em duodécimos” nem “com o PRR por executar” e apelou a “uma ponderação” por parte do Presidente da República.

Assinalando que está a decorrer no parlamento a discussão do Orçamento do Estado para o próximo ano, Inês de Sousa Real lamentou a existência de uma “crise política com esta dimensão”.

“Tem que haver um compromisso suprapartidário e um esforço de todas as forças políticas para chegarmos a um consenso. Este tem de ser um orçamento, se calhar pela primeira vez, que seja de facto da Assembleia da República, das várias forças políticas”, defendeu.

A deputada propôs um “pacto entre todos os partidos para garantir uma estabilidade mínima para os portugueses”, por forma a evitar uma nova crise financeira.

A deputada única do PAN lamentou ainda a demissão do primeiro-ministro, mas admitiu que não havia condições para se manter no cargo, e destacou que, ao fazê-lo, António Costa “colocou a preservação da instituição, da figura do primeiro-ministro, à frente dos seus interesses pessoais”.

Partido Socialista

O presidente do PS afirmou hoje que os socialistas estão preparados para uma decisão do chefe de Estado de convocar eleições antecipadas ou optar por uma mudança da liderança do Governo, na sequência da demissão do primeiro-ministro.

Esta posição foi assumida por Carlos César horas depois de o primeiro-ministro ter anunciado que apresentou a sua demissão ao Presidente da República, já aceite por Marcelo Rebelo de Sousa, após o Ministério Público revelar que António Costa é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

“O PS está preparado para qualquer cenário, seja eleições ou mudança de liderança do Governo”, declarou Carlos César, frisando que essa decisão compete ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tendo ao seu lado o secretário-geral adjunto, João Torres, e a ouvi-lo e na primeira fila da plateia membros da Comissão Permanente do PS.

Livre

O Livre considerou que o país está hoje numa “situação grave e séria”, diz estar preparado para todos os cenários, mas escusou-se a falar em eleições antecipadas por considerar que este é ainda “o tempo do Presidente de República”.

Em declarações aos jornalistas, o deputado único Rui Tavares admitiu a sua surpresa com todos os acontecimentos que hoje levaram o primeiro-ministro a anunciar a sua demissão, mas salientou que “não há nenhuma situação que o povo não possa gerir”.

“É sério que esta demissão tenha acontecido pelos motivos que sucedeu e acerca dos quais esperamos saber mais num futuro próximo”, afirmou.

O primeiro-ministro anunciou hoje que apresentou a sua demissão ao Presidente da República após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

Rui Tavares defendeu que também os partidos políticos devem “contribuir para ajudar a resolver a situação”, mas considerou que ainda se está “no tempo do Presidente da República”, que irá ouvir os partidos na quarta-feira e o Conselho de Estado no dia seguinte.

“O Livre fará dez anos para a semana, no dia 16 de novembro, e o primeiro passo que vamos fazer é escutar os nossos concidadãos para preparar o futuro que aí vem, num ciclo político que ganhou muita velocidade”, disse.

Em termos internos, Rui Tavares disse ainda que “nas próximas horas, nos próximos dias” o Livre irá reunir a sua direção.

Questionado se está preparado para eleições antecipadas, o deputado único respondeu que o partido “está preparado para todos os desafios” e até admitiu que esse sufrágio poderia dar ao Livre um grupo parlamentar.

“O Livre não é um partido incendiário numa situação que já é inflamável no nosso país e respeita os órgãos de soberania e este é o tempo do Presidente da República”, disse, dizendo que “antes do Livre, está o país”.

Iniciativa Liberal

"Creio que não há outra solução neste momento que não seja a dissolução [do parlamento] e eleições para que os portugueses possam pronunciar-se sobre a nova constituição da Assembleia da República e um novo Governo", declarou Rui Rocha.

Na opinião do líder da IL, "não havia nenhuma condição" para António Costa continuar em funções.

"Hoje não é apenas o fim político de António Costa como primeiro-ministro, é também o fim de uma solução para o país que não funcionava", defendeu Rui Rocha, que quis deixar "uma nota de enorme tranquilidade aos portugueses e de enorme confiança".

O primeiro-ministro anunciou hoje que apresentou a sua demissão ao Presidente da República após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

Na fase de respostas aos jornalistas, António Costa anunciou que o Presidente da República aceitou a sua demissão e que não vai recandidatar-se ao cargo se o chefe de Estado convocar eleições legislativas antecipadas.

Numa nota oficial, o Presidente da República já informou que aceitou a demissão de António Costa do cargo de primeiro-ministro e convocou os partidos com assento parlamentar para quarta-feira e o Conselho de Estado para quinta-feira e falará ao país a seguir.

Chega

O presidente do Chega defendeu hoje que a marcação de eleições legislativas é o único cenário possível, na sequência da demissão do primeiro-ministro, e pediu ao Presidente da República que as convoque "o mais depressa possível".

"Não há outro cenário possível que não seja a dissolução do parlamento e a convocação de eleições", afirmou André Ventura, recusando a possibilidade de nomeação de um novo primeiro-ministro, sem eleições.

O presidente do Chega considerou que a nomeação de um novo primeiro-ministro que "não foi legitimado pelos portugueses" seria "uma fraude" e "uma grande traição" do Presidente da República "às suas palavras há dois anos".

Ventura referia-se ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa na tomada de posse do atual Governo, na qual avisou que a eventual saída de António Costa do cargo de primeiro-ministro, que agora se verifica, levaria à dissolução do parlamento.

O líder do Chega falava aos jornalistas na Assembleia da República, numa reação à demissão do primeiro-ministro, António Costa, já aceite pelo Presidente da República.

André Ventura indicou que vai transmitir a Marcelo Rebelo de Sousa que as eleições legislativas antecipadas devem acontecer "o mais depressa possível".

O presidente do Chega defendeu que o partido está “pronto para ser alternativa” e sustentou que a direita, apesar das divergências, tem "um dever" de se mostrar pronta para governar o país e garantir que "Portugal não vai ficar sem alternativa política".

O líder do Chega saudou a demissão do primeiro-ministro, defendendo que “não existia margem para que António Costa continuasse a governar Portugal”.

O primeiro-ministro, António Costa, pediu hoje a sua demissão ao Presidente da República, que a aceitou, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

O Presidente convocou para quarta-feira os partidos para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa, e vai reunir o Conselho de Estado na quinta-feira.

Numa declaração no Palácio de São Bento, António Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável” e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça “em tudo o que entenda necessário”.

PCP

O secretário-geral do PCP defendeu hoje que o país precisa de "soluções e não de eleições”, mas considerou que o Governo está “profundamente fragilizado” e não é possível manter o atual quadro político, manifestando-se preparado para ir a votos.

“Tal e qual como há um ano e meio atrás, do que nós precisamos é de soluções e não de eleições”, defendeu Paulo Raimundo em declarações aos jornalistas na sede nacional do PCP, em Lisboa, depois de ser conhecido o pedido de demissão do primeiro-ministro, António Costa.

O líder do PCP referiu, contudo, que o “Governo está profundamente fragilizado” e “não é possível continuar” no atual quadro político, acrescentando ainda que o executivo não estava a dar resposta aos problemas enfrentados pela população.

Para Paulo Raimundo, os últimos desenvolvimentos governativos, incluindo a demissão de António Costa, “são consequência da fragilização do Governo que é indissociável das suas opções políticas que deixam sem resposta e solução os principais problemas dos trabalhadores e do povo”.

“O PCP relembra que estamos perante um Governo e uma maioria absoluta constituídos a partir do argumento da estabilidade e de uma operação de chantagem que contou com a colaboração do Presidente da República”, referiu.

PAN

A porta-voz do PAN apontou hoje que vai aguardar para ouvir as soluções que estão a ser equacionadas pelo Presidente da República para o futuro político do país e recusou "comprometer a discussão" do Orçamento do Estado.

"O PAN vai aguardar a chamada do senhor Presidente da República para ouvir o que Marcelo Rebelo de Sousa tem a dizer aos partidos (...) e vamos também aguardar pelo Conselho de Estado. Mas todas as forças políticas e todas as instituições têm o dever de pôr o superior interesse do país e das pessoas à frente dos interesses e das querelas políticas", afirmou, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, após o anúncio da demissão do primeiro-ministro.

A líder do PAN quer ouvir especificamente "as soluções que Marcelo Rebelo de Sousa possa ter em cima da mesa além da possibilidade de dissolução da Assembleia da República".

"O PAN quer primeiro perceber o que está em mente para o Presidente da República, mas é com preocupação que vemos, em plena discussão do Orçamento do Estado, estarmos a ir novamente para um cenário de eleições. Os portugueses precisam de respostas agora", defendeu, considerando que "não é tempo de estar a ter uma solução que possa comprometer esta discussão".

Bloco de Esquerda

O BE comunicará ao Presidente da República a sua preferência pela convocação de eleições antecipadas", indicou a líder bloquista.

Mariana Mortágua falava aos jornalistas na sede do Bloco de Esquerda, em Lisboa, numa reação à demissão de hoje do primeiro-ministro, que foi aceite pelo Presidente da República.

A coordenadora do BE defendeu que novas eleições são a "saída para a crise política" que o país atravessa neste momento.

Mariana Mortágua considerou também que "é importante que a justiça seja célere" e "esclareça rapidamente as suspeitas levantadas".

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, defendeu hoje que o Presidente da República deve convocar eleições legislativas antecipadas, na sequência da demissão do primeiro-ministro, e pediu celeridade à justiça para que as suspeitas sejam esclarecidas.

“O BE comunicará ao Presidente da República a sua preferência pela convocação de eleições antecipadas”, indicou a líder bloquista.

Mariana Mortágua falava aos jornalistas na sede do Bloco de Esquerda, em Lisboa, numa reação à demissão de hoje do primeiro-ministro, que foi aceite pelo Presidente da República.

A coordenadora do BE defendeu que novas eleições são a “saída para a crise política” que o país atravessa neste momento.

Mariana Mortágua considerou também que “é importante que a justiça seja célere” e “esclareça rapidamente as suspeitas levantadas”.

*Com Lusa