O plano da administração Trump “configura um gravíssimo abandono de qualquer perspetiva para uma solução justa, negociada e duradoura da questão palestiniana”, defendeu o PCP, em comunicado.
Para os comunistas, o plano insere-se na “estratégia imperialista e sionista de desestabilização, provocação e domínio”, antevendo que “poderá ter graves consequências para os povos do Médio Oriente e de todo o mundo”.
Ao prever a “ocupação e anexação efetiva por parte de Israel de Jerusalém e de cerca de metade da Margem Ocidental do rio Jordão, assim como a legalização e continuidade territorial dos colonatos israelitas construídos em território palestiniano”, o plano da administração Trump “tem como principal objetivo impor um novo e mais grave patamar na ocupação e anexação por Israel de territórios palestinianos”, sustentou.
Na avaliação do PCP, o plano da administração Trump, anunciado quarta-feira na Casa Branca, representa o “abandono da solução de dois Estados para a questão palestiniana” justificando “inequívoco repúdio” por parte das organizações internacionais, a começar pela ONU.
“O PCP reclama do Governo português uma declaração de inequívoca condenação do plano agora divulgado”, refere o comunicado, insistindo numa “clara resposta de apoio ao direito internacional e aos direitos do povo palestiniano”.
Os comunistas exigiram assim o “cumprimento da recomendação da Assembleia da República do reconhecimento do Estado da Palestina, nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Leste como capital”.
A proposta norte-americana identifica Jerusalém como “a capital indivisível de Israel” e propõe que a Palestina situe a sua capital em Jerusalém Oriental como “estado desmilitarizado” e abre a porta à anexação, por parte de Israel, de partes da Cisjordânia, incluindo o Vale do Jordão.
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