Henrique Gouveia e Melo “tem todas as condições para assumir essa responsabilidade” enquanto Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), considerou o dirigente comunista, “embora não se entenda ainda as razões” pelas quais “não foi reconduzido o anterior e se encontrou esta solução”.

Interpelado pelos jornalistas à margem de uma declaração sobre as conclusões da mais recente reunião do Comité Central do PCP, que decorreu na terça-feira, o secretário-geral disse que o partido não tem “nada a opor” à nomeação do vice-almirante, que ficou popularmente conhecido como o coordenador da ‘task force’ de vacinação contra a covid-19, reforçando que tem as “condições para desempenhar essa alta responsabilidade”, mas era preciso saber a razão que levou “à exoneração do anterior chefe da Marinha”.

O vice-almirante Gouveia e Melo vai ser proposto pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, ao Presidente da República para substituir o almirante António Mendes Calado na chefia da Armada.

A informação foi confirmada à agência Lusa por fontes da Defesa Nacional e, a confirmar-se, Mendes Calado deverá sair do cargo que está a desempenhar desde 2018.

Gouveia e Melo assumiu o comando da ‘task force’ em 03 de fevereiro, na sequência da demissão do anterior coordenador Francisco Ramos, que esteve à frente da equipa pouco mais de dois meses.

Os chefes de Estado-Maior dos ramos são nomeados e exonerados pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, que deve ser precedida de uma audição, através do ministro da Defesa Nacional, do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), como prevê a lei orgânica das Forças Armadas.

A Lusa tentou sem êxito obter um comentário do almirante António Mendes Calado.