As jornadas parlamentares começam às 11:30 com uma sessão que contará com intervenções do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, e da líder parlamentar do partido, Paula Santos, e terminam na terça-feira, com uma conferência de imprensa de apresentação das conclusões.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, Paula Santos salientou que o tema destas jornadas parlamentares vai ser “o Orçamento do Estado e as soluções de que o país precisa”, frisando que, ao longo dos dois dias, os deputados do PCP vão promover audições na Assembleia da República para procurar aprofundar a análise da proposta orçamental.
“Estas audições serão um contributo para a preparação das propostas e das soluções que queremos apresentar no âmbito do debate orçamental”, explicou Paula Santos, salientando que as jornadas servirão também para “denunciar as consequências” das opções políticas do atual Governo.
Está assim prevista, esta tarde, uma audição sobre “as necessidades do país, opções políticas e a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2025”, que contará com a presença de vários economistas, entre os quais Ricardo Paes Mamede.
Na terça-feira, Paula Santos e o deputado Alfredo Maia vão também organizar uma audição pública sobre administração pública e serviços públicos, com a presença de organizações de trabalhadores da administração pública, enquanto o deputado António Filipe vai visitar as oficinas da CP – Comboios de Portugal, em Campolide.
Paula Santos frisou que o PCP quer auscultar esses diferentes setores para perceber quais são as suas prioridades, numa altura em que “estão identificados um conjunto de problemas, de degradação, de perda de qualidade” dos serviços públicos e em que é “preciso investir para assegurar saúde, valorizar a escola pública, garantir o direito à habitação”.
A partir desse diagnóstico, Paula Santos disse que o partido pretende “identificar e avançar com as soluções que são necessárias para resolver os problemas mais prementes” no país, salientando que o partido pretende apresentar brevemente propostas a nível orçamental.
A líder parlamentar do PCP recordou que, se fosse pelo seu partido, o Governo “nem sequer teria entrado em funções e este programa nem sequer estaria a ser implementado” – numa alusão à moção de rejeição ao programa do Governo apresentada pelos comunistas em março – e defendeu que “é urgente travar, romper com estas opções políticas e avançar com uma política alternativa”.
“E as nossas propostas, as soluções que iremos avançar no quadro da discussão deste orçamento demonstram que é justo, que é possível e necessário, dar concretização a essas propostas para a resolução dos problemas concretos”, frisou.
Estas vão ser as segundas jornadas parlamentares que o PCP vai organizar nesta legislatura. As últimas, em maio, realizaram-se na península de Setúbal e tiveram como foco o ambiente e desenvolvimento nacional.
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