“Não podemos descansar nos passos positivos que têm sido dados no plano financeiro. Assegurar a independência financeira do partido é indispensável para garantir a sua independência política, orgânica e ideológica. No momento atual, é preciso continuar a tomar medidas para aumentar o valor das quotas e do número de camaradas com as quotas em dia”, afirmou Jerónimo de Sousa.
Na sessão pública de encerramento da XII Assembleia de Organização Regional do Porto, o líder do Partido Comunista Português apontou a meta de “recrutar 400 novos militantes” neste distrito até ao próximo congresso, definindo como “tarefa para o imediato” angariar novos elementos, no âmbito da “emissão do novo cartão de membro do partido”.
“É na base da iniciativa própria, da contribuição dos seus militantes, simpatizantes e amigos que importa assegurar os meios financeiros para suportar a ação e intervenção” do PCP, afirmou Jerónimo de Sousa, invocando a necessidade de o partido “fazer boa cara ao mau tempo” num processo de luta por “uma democracia avançada, inspirada nos valores de Abril, por um Portugal com futuro, pelo socialismo e o comunismo”.
O secretário-geral comunista indicou que, para o PCP, o ano vigente “terá como elemento marcante a emissão do novo cartão de membro do partido”, numa “tarefa para o imediato” com vista à “renovação do compromisso de militância”. “Precisamos de recrutar novos militantes”, afirmou.
De acordo com Jerónimo de Sousa, o “plano nacional” traçado nesta área pretende “realizar cinco mil contactos com trabalhadores até ao fim de 2018".
Quanto ao distrito do Porto, o objetivo é “recrutar 400 novos militantes”, revelou.
Referindo-se a questões de política nacional, o secretário-geral do PCP defendeu um reforço do investimento público nos transportes, saúde e educação, criticando “uma política que tem sacrificado o investimento em nome do défice e que o PS mantêm” por estar “amarrado aos mesmos compromissos e constrangimentos políticos” do anterior governo do PSD/CDS.
Jerónimo de Sousa lamentou a “errada opção de canalizar todos os avultados excedentes primários orçamentais para a redução do peso da dívida, em prejuízo do investimento que era preciso reforçar”.
O dirigente comunista anunciou que o PCP pretende apresentar propostas para a “reposição dos montantes e regras de cálculo nas compensações por cessação e despedimento” e “diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, sem limite máximo de anos”.
O PCP quer ainda propor um mínimo de “25 dias úteis de férias para todos os trabalhadores”, revogar “os mecanismos de adaptabilidade individual e de outras formas de desregulação de horários”.
A “reposição do princípio do tratamento mais favorável e a proibição da caducidade dos Contratos Coletivos de Trabalho por via da sua renovação sucessiva até à sua substituição por outro, livremente negociado entre as partes”, é outra das pretensões do PCP.
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