Em Braga, no final de uma reunião de trabalho com o reitor da Universidade do Minho (UMinho), a deputada comunista à Assembleia da República Carla Cruz, eleita pelo círculo de Braga, salientou que o modelo de financiamento do Ensino Superior ‘per capita' "não permite às universidades cumprir os objetivos e as suas missões" e que por isso deve ser alterado.
"Hoje está a subverter-se aquilo que é a lógica do financiamento. O financiamento tem que ser 100% público, saído do Orçamento do Estado", defendeu Carla Cruz.
Segundo a deputada, "há uma fatia muito significativa dos orçamentos das universidades que são receitas próprias", situação que não é aceitável para o PCP.
"Nós considerámos que [as universidades] não podem viver dessas receitas, nós consideramos que as universidades não podem viver desses orçamentos próprios, as universidades tem que ter receitas oriundas do Orçamento do Estado (OE) e isto implica uma opção de fundo, uma politica de valorização [do Ensino Superior]", salientou.
Carla Cruz deu mesmo o exemplo da necessidade de intervenção em algumas das infraestruturas da UMinho.
"Temos [na UMinho] instalações e equipamentos que tem 30 anos, em que foram feitas algumas intervenções mas começam a haver aspetos infraestruturais que não são resolvidas com medidas paliativas e precisa de uma intervenção, precisa que seja alocado um financiamento que permita à universidade não usando receitas próprias, mas uma linha de OE que permita cobrir essas necessidades e se necessário for construi novos edifícios, ampliar os que já existem", referiu.
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