Pedro Nuno Santos falava num comício improvisado em Gondomar, depois de uma arruada debaixo de chuva nesta cidade da Área Metropolitana do Porto, antes de seguir para um almoço comício em Marco de Canaveses.
Na sua intervenção, o líder socialista invocou o que aconteceu nas eleições legislativas de 2022, em que muitos dos estudos de opinião estimaram uma situação de equilíbrio nas intenções de voto entre PS e PSD, mas o seu partido acabou por vencer o ato eleitoral com maioria absoluta.
Pedro Nuno começou por observar que há dois anos “uma grande maioria de portugueses votou no PS”, que formou um Governo que “enfrentou e ultrapassou a crise inflacionista”.
“Essa maioria, que não está nas televisões, nem nas redes sociais, já estava em 2022 sub-representada nas sondagens. Temos de garantir que vão votar no domingo”, declarou, recebendo uma prolongada ovação.
De acordo com o secretário-geral do PS, os executivos de António Costa “conseguiram muito” nos últimos anos.
“Temos estabilidade económica e financeira, queremos avançar para ajudar a melhorar a vida do nosso povo. É com os socialistas que se protege o emprego, que se asseguram as vidas de quem trabalha. Nunca foi com a direita, com o PSD”, contrapôs, depois de uma arruada em que esteve presente Tino de Rans, antigo militante socialista e que foi líder do partido RIR.
Além dos apelos ao voto no domingo, Pedro Nuno Santos atacou também o presidente do PSD, Luís Montenegro, por ter introduzido agora no seu discurso, na quarta-feira à noite, a questão das mulheres.
“Nós não falamos das mulheres só em campanha, quando nos dá jeito. Não é só na interrupção voluntária da gravidez que nós não queremos que se recue, há muito caminho para percorrer”, sustentou.
Depois de falar em medidas como as creches gratuitas, ou a redução do horário semanal de trabalho para pais com crianças até aos três anos, Pedro Nuno Santos assinalou que “muitas mulheres trabalham em casa, trabalham fora de casa e têm uma vida dura”.
“Muitas delas acordam às cinco e seis da manhã e às 11 da noite ainda cuidam da família”, apontou.
Depois, o secretário-geral do PS insistiu: “Queremos libertar as mulheres para se dedicarem à sua carreira, nós levamos a sério, nós não falamos delas só em campanha, porque dá feito”.
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