“O Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, através do recurso à comparação genética, completou a identificação das últimas vítimas sinalizadas pela Polícia Judiciária, pelo que foram emitidos os certificados de óbito correspondentes, o que permite a libertação dos corpos”, indica a tutela, em comunicado.

Desta forma, também o Instituto dos Registos e do Notariado já emitiu as certidões de óbito necessárias para os funerais.

Os corpos que ainda não foram levantados, e que permanecem nas instalações de Coimbra do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, “estão em condições de entrega às famílias”, pelo que foi dispensada a unidade de refrigeração móvel que estava a ser utilizada.

O Ministério da Justiça refere que 18 corpos foram identificados por recurso ao ADN.

O processo de identificação dos 64 corpos teve início na madrugada de segunda-feira.

“A conclusão do trabalho de identificação da totalidade das vítimas neste curto período de tempo só foi possível com o excecional empenho e esforço das equipas, que assim procuram responder ao sofrimento das famílias enlutadas”, acrescenta a nota, indicando que se tratou de um trabalho integrado dos dois institutos e da Polícia Judiciária.

O fogo que deflagrou no sábado passado em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou-se a Figueiró dos Vinhos e a Castanheira de Pera, fazendo 64 mortos e mais de 200 feridos.

As chamas, que foram dominadas na quarta-feira à tarde, chegaram ainda aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra, mas o fogo foi dado como dominado na quarta-feira à tarde.

[Notícia atualizada às 20:15]