A assembleia geral, que se realizou na Casa da Cultura de Pedrógão Grande, "decorreu com sucesso" e a Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande "foi oficialmente fundada numa reunião muito participada e que contou com mais de meia centena de familiares", disse hoje à agência Lusa Nádia Piazza, presidente da recém-constituída associação.
Na mesma assembleia geral, foram ainda discutidos e aprovados os estatutos da associação e eleitos os órgãos sociais da mesma, que vão agora proceder aos atos necessários para a sua legalização.
"O tema dos incêndios, as suas causas, dimensões e danos materiais e humanos são a maior preocupação da associação, a par do apuramento das responsabilidades", afirmou Nádia Piazza, referindo que o trabalho mais imediato da associação passa por "receber a admissão de novos associados que não puderam estar na reunião".
Segundo a presidente da associação, haverá, nas próximas semanas, uma reação da associação ao conteúdo dos relatórios e pareceres até agora tornados públicos pelo Governo.
A associação está também em contacto com um movimento cívico da Galiza para "a coordenação futura de esforços diplomáticos de sensibilização junto das instâncias europeias".
O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.
Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.
O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.
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