Em declarações à agência Lusa, o presidente da LBP afirmou que a Liga dos Bombeiros “vai fazer um levantamento com todos os operacionais responsáveis que estiveram no terreno”, um trabalho que será feito após a extinção do incêndio.
Jaime Marta Soares adiantou que este levantamento tem como objetivo fazer “uma análise exaustiva de toda a situação” para se saber aquilo que “foi bem feito e melhor se for possível” e detetar eventuais falhas para as corrigir no futuro.
“É uma atitude normal de quem tem responsabilidade”, sustentou.
O presidente da LBP disse também que têm que ser averiguadas as falhas de comunicação no SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal), avançando que o sistema parou várias vezes, mas desconhece durante quanto tempo.
Uma questão que, segundo Jaime Marte Soares, “a fita do tempo do incêndio” vai esclarecer ao mostrar “o tempo das falhas”
O mesmo responsável considerou que o SIRESP “foi um contratempo” no sábado em Pedrógão Grande, mas “não foi uma falha que possa ter posto minimamente em causa a situação do combate”, tendo em conta que existiram outras “alternativas de comunicações”.
“A operação nunca parou e nunca deixou de se atuar”, disse.
Hoje de manhã, o comandante operacional da Proteção Civil, Vaz Pinto, explicou que as falhas de comunicação do sistema SIRESP aconteceram tal como acontecem em qualquer sistema.
"Estamos a falar de uma utilização massiva e, naturalmente, por vezes, temos alguns constrangimentos", disse.
Apesar disso, sublinhou que se tratou de "falhas muito curtas, inferiores a meio ou um minuto e não têm tido influência".
Num despacho assinado na segunda-feira, o primeiro-ministro pediu esclarecimento urgente sobre o funcionamento da rede SIRESP no incêndio de Pedrógão Grande, questionando se é passível de confirmação que "houve interrupção do funcionamento da rede SIRESP”.
O SIRESP é um sistema de comunicações móveis comum às forças de segurança, emergência médica e a proteção civil.
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