A polícia grega ativou a Equipa de Identificação de Vítimas de Desastres do país para identificar os corpos, que foram encontrados no parque nacional de Dadia, na área de Avanta, na região nordeste de Alexandroupolis, disse Ioannis Artopios à televisão grega, porta-voz dos bombeiros.
Segundo Artopios, dado que não foram apresentados quaisquer relatos de pessoas desaparecidas na área, as autoridades estão a examinar a possibilidade de as vítimas serem migrantes que entraram no país após cruzarem o rio Evros, que faz fronteira com a Turquia.
As altas temperaturas, aliadas ao tempo seco e os ventos, causaram dezenas de fogos florestais em toda a Grécia. Neste momento, o mais grave incêndio lavra há quatro dias nas proximidades da cidade portuária de Alexandroupolis, no nordeste do país.
Na segunda-feira, duas pessoas morreram e dois bombeiros ficaram feridos em incêndios separados no norte e centro da Grécia.
Pelo segundo dia consecutivo, o nível de risco de incêndio é “extremo” para várias regiões, incluindo a zona de Atenas.
As autoridades proibiram o acesso público às montanhas e florestas nestas regiões pelo menos até a quarta-feira e ordenaram patrulhas militares.
No nordeste da Grécia, o incêndio seguiu em direção a Alexandroupolis durante a noite de segunda-feira para hoje, levando as autoridades a evacuar outras oito aldeias e o hospital da cidade.
O vice-ministro da Saúde, Dimitris Vartzopoulos, declarou à televisão grega Skai que o fumo e as cinzas foram a principal razão para evacuar o hospital local.
Cerca de 65 das mais de 100 pessoas hospitalizadas foram transportadas para um ‘ferry’ atracado no porto da cidade, enquanto outros pacientes foram levados para hospitais no norte da Grécia. O ‘ferry’ partiu hoje de manhã para a cidade portuária de Kavala, onde os pacientes seriam transferidos para outro hospital.
Um novo incêndio deflagrou hoje pela manhã em Aspropyrgos, na periferia oeste da capital, e as autoridades emitiram ordens de evacuação para duas aldeias da região.
A Comissão Europeia mobilizou na segunda-feira 56 bombeiros, 10 veículos de apoio e duas aeronaves para ajudar a combater esta nova vaga de fogos, de acordo com um comunicado do organismo europeu. Além disso, uma equipa de bombeiros pré-deslocada por França já se encontra na Grécia, no âmbito do plano de preparação da UE para a época de incêndios florestais.
A assistência agora anunciada segue-se à resposta da UE à anterior ativação do Mecanismo de Proteção Civil da UE pela Grécia no mês passado, quando foram mobilizados nove aparelhos aéreos, 510 bombeiros e 117 veículos, bem como o serviço de cartografia por satélite do programa Copernicus, que continua a avaliar os danos no país.
Em julho, devido aos fortes ventos e ao calor extremo, um incêndio devastou quase 17.770 hectares em dez dias no sul da ilha de Rodes, um popular destino turístico no sudeste do Mar Egeu. Cerca de 20.000 pessoas, a maioria turistas, foram retiradas da ilha devido ao fogo.
No final de julho, o país experimentou a sua pior onda de calor, em relação ao mesmo período em outros anos, com temperaturas superiores a 40 graus Celsius em muitos lugares, segundo o Observatório Nacional de Atenas.
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