O balanço preliminar do Governo situa para já o número de vítimas mortais em 14, além de 14 desaparecidos, mas o porta-voz presidencial, Harry Roque, alertou que os números deverão aumentar.
Numerosos bairros de Manila, a capital das Filipinas, ficaram submersos após a passagem do tufão, que obrigou a retirar pelo menos 300.000 pessoas, segundo a polícia, a maioria em zonas costeiras ou fluviais.
O tufão era acompanhado por ventos de 155 quilómetros por hora quando tocou terra na quarta-feira à noite, no leste da ilha de Luzon.
As autoridades alertaram para o risco de deslizamentos de terras e de ondas altas no litoral.
Na capital filipina, com 12 milhões de habitantes, a precipitação intensa transformou algumas ruas em rios.
Numa das zonas mais mais afetadas, Marikina City, elementos da Cruz Vermelha das Filipinas utilizaram barcos para socorrer pessoas presas nas suas casas. A água em algumas ruas atingia a altura da cintura, segundo a agência de notícias France-Presse.
Um responsável da Proteção Civil indicou que as chuvas provocadas pelo Vamco estiveram “próximas do volume” das do tufão Ketsana, em 2009, o mais devastador no país, causando 446 mortos.
“A situação é avassaladora”, disse o autarca de Marikina, Marcelino Teodoro. Pelo menos 40 mil casas foram inundadas, quando a subida das águas do rio Marikina ultrapassou a marca dos 22 metros, superando o registo de 2009, provocado pelo Ketsana, de 21,5 metros.
As escolas, fechadas desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março, e os ginásios, servem de centros de abrigo de emergência, e receberam cerca de 180.000 pessoas, indicou o mesmo serviço.
Uma média de 20 tempestades e tufões atingem as Filipinas anualmente, devastando colheitas e infraestruturas e contribuindo para manter milhões de pessoas na pobreza.
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