A explosão aconteceu na cidade de Dera Ismail Khan, na província de Khyber Pakhtunkhwa, que faz fronteira com o Afeganistão, avançaram polícias da esquadra municipal, citados pelas agências de notícias AP e Efe.

A moto estava estacionada perto de uma paragem de autocarro e a bomba foi detonada remotamente quando passou uma carrinha da polícia que transportava vários agentes.

Todos os mortos eram moradores locais e a explosão, que aconteceu num local movimentado, feriu civis e polícias, acrescentaram os agentes.

De acordo com as autoridades locais, os feridos foram transferidos para um hospital próximo, sendo que três estavam em estado grave.

As equipas de resgate já estão no local para tratar as vítimas e isolar a área a fim de investigar o que aconteceu.

Não houve reivindicação imediata de responsabilidade por parte de nenhum grupo, mas a suspeita deverá recair sobre os talibãs paquistaneses, que têm intensificado os ataques às forças de segurança.

Dera Ismail Khan está localizada perto do antigo reduto de grupos considerados terroristas, como o talibã Tehreek-e-Taliban Paquistão e os separatistas do estado do Baluquistão, no sul do país.

O exército do Paquistão realizou, em 2014, operações massivas contra militantes destes grupos ao longo da fronteira com o Afeganistão, depois de uma escola administrada pelo exército ter sido alvo de um ataque que matou mais de 150 pessoas, principalmente crianças em idade escolar.

O exército anunciou há anos que tinha eliminado estes grupos da região, mas continuaram a registar-se ataques ocasionais, levantando preocupações de que os talibãs locais estivessem a reagrupar-se na área.

Os talibãs paquistaneses são um grupo separado, mas aliado dos talibãs afegãos, que tomaram o poder no Afeganistão em 2021, quando as tropas dos Estados Unidos e da NATO estavam na fase final da sua retirada.

Desde então, o Paquistão registou um aumento de incidentes terroristas, tendo a situação piorado em dezembro passado, quando o grupo talibã paquistanês anunciou o fim do cessar-fogo alcançado um mês antes com o Governo de Islamabade, a quem acusou de não cumprir os compromissos nas negociações de paz.

Janeiro passado foi o mês mais mortífero deste conflito desde julho de 2018, com pelo menos 134 mortos e 254 feridos em 44 ataques, segundo o Instituto de Estudos de Conflitos e Segurança do país.