As fontes, que não podem ser identificadas por não estarem autorizadas a falar com os media, disseram à Associated Press que todos os seis mortos eram civis.

A capital do Iémen é controlada pelos rebeldes xiitas Huthi desde 2014, mas não foi precisado até ao momento se havia elementos da milícia no interior do palácio no momento do ataque ou se há vítimas entre eles.

O edifício de três andares ficou completamente destruído, enquanto outros edifícios naquela zona movimentada da cidade – incluindo um hotel de cinco estrelas – ficaram muito danificados.

Alguns veículos ficaram carbonizados e o pavimento ficou manchado de sangue.

Teme-se que muitas pessoas tenham ficado soterradas nos escombros.

A televisão Al-Massirah e a agência Saba, controladas pelos rebeldes, referiram a existência de dezenas de mortos e de feridos, sem avançar um balanço exato.

Testemunhas citadas por agências internacionais disseram que aviões de combate fizeram vários bombardeamentos sobre a capital, cerca do meio-dia de hoje.

Dois desses bombardeamentos atingiram a presidência, situada na movimentada zona comercial de Tahrir, perto de um grande hotel, de um banco e de várias lojas, segundo as mesmas fontes.

“Precipitámo-nos para o local depois da primeira explosão e vimos pessoas presas nos escombros. Foi então que ocorreu o segundo ataque”, relatou um socorrista, Ahmed Dehecher, à agência France-Presse.

Esta é a primeira vez que o palácio presidencial é visado num ataque.

A coligação árabe, liderada pela Arábia Saudita, intervém militarmente no Iémen desde 2015 em apoio do governo internacionalmente reconhecido e contra os Huthi.

O ataque de hoje foi lançado horas depois de as defesas antiaéreas sauditas terem intercetado no sul do país dois mísseis balísticos disparados pelos rebeldes iemenitas, segundo a coligação.

Os mísseis foram disparados da província de Amran, a norte de Sanaa, segundo o porta-voz da coligação, o coronel saufita Turki al-Maliki.

Trata-se, segundo o responsável, de “mais uma prova” do fornecimento de armamento aos rebeldes pelo Irão.

Teerão apoia politicamente os Huthi, mas nega qualquer ajuda militar à milícia.

Segundo a ONU, a guerra no Iémen já fez cerca de 10.000 mortos e 53.000 feridos e causou a pior crise humanitária dos últimos anos.