Num balanço divulgado anteriormente, um comité médico próximo da contestação dava conta de cinco mortos.
“Há ainda vários feridos graves, atingidos por balas de milícias do conselho militar”, segundo o mesmo comité.
Respondendo ao apelo do principal movimento da contestação, composto por estudantes universitários, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas para pressionar os generais que tomaram o poder depois da destituição, em abril, do presidente Omar al-Bachir.
As autoridades sudanesas lançaram gás lacrimogéneo e ‘snipers’ dispararam para dispersar as dezenas de milhares de pessoas que se manifestaram em Cartum, capital do Sudão.
O número dois do conselho militar de transição, no poder, general Mohammed Hamdan Daglo, disse à agência noticiosa France Presse que houve disparos de ‘snipers´ sobre civis e paramilitares durante a manifestação, convocada para reclamar uma transferência de poder.
As manifestações ocorrem depois de as negociações entre o Conselho Militar do Sudão, que governa o país, e os líderes dos protestos, para um acordo de partilha de poder, terem chegado a um impasse.
No início do mês, pelo menos, 128 pessoas foram mortas numa outra manifestação e na repressão que prosseguiu nos dias seguintes, segundo médicos. As autoridades indicaram um balanço de 61 mortos.
O Darfur é palco desde 2003 de conflitos entre forças sudanesas e rebeldes de minorias étnicas que se dizem “marginalizados pelo governo central”.
Segundo as Nações Unidas, o conflito em Darfur deixou cerca de 300.000 mortos e mais de 2,5 milhões de deslocados.
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