Centenas de fiéis provenientes de diversos pontos de Angola e do estrangeiro começaram já a rumar à vila, onde os preparativos para a peregrinação anual decorrem com normalidade.
O reitor do santuário, padre Albino Reyes, diz que a maior afluência ao santuário é esperada "na quinta e sexta-feira, uma vez que esperamos receber cerca de um milhão de pessoas”.
De acordo com o padre católico, foram criadas várias comissões, coordenadas pela Igreja Católica e pelas autoridades da província de Luanda, para aéreas como a liturgia, segurança, saneamento, bombeiros e saúde que, no local, já trabalham para garantir comodidade aos peregrinos.
“Jovens com Maria – Caminhemos Hoje ao Encontro de Jesus” é o lema da edição 2018 da peregrinação à Muxima (um local de grande culto), área para a qual o Governo angolano lançou, em junho, vários concursos públicos de requalificação, da vila e do santuário, prevendo também a construção de uma Basílica para 4.600 fiéis.
O lema da peregrinação deste ano, segundo Albino Reyes, emana da temática pastoral da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), que dedica o triénio à juventude, manifestando-se “solidária e preocupada com as principais inquietações dos jovens”.
Em relação à agenda para os dois dias de devoção à “Mama Muxima”, que na língua angolana quimbundu significa “Mamã do Coração”, o reitor do santuário adiantou que será preenchida por vários momentos, com destaque para o dia de domingo, onde acontece o momento mais emotivo de devoção. "Temos igualmente um bispo convidado da CEAST, Dom Manuel dos Santos, bispo da diocese de São Tomé”, explicou.
“Teremos ainda a missa de abertura, acompanhada pela procissão de velas, no sábado à noite, e, depois, a vigília com louvores e catequeses, acompanhada pelo cantor gospel Miguel Buila”, acrescentou o missionário mexicano e responsável pelo santuário desde 2010.
O projeto de requalificação da Muxima foi lançado em 2008 pelo então Presidente José Eduardo dos Santos que, cerca de um ano depois, aquando da visita pastoral de Bento XVI a Angola, mostrou a maqueta ao papa e ofereceu uma réplica da futura basílica à Santa Sé.
Aquela vila foi ocupada pelos portugueses em 1589 que, dez anos depois, construíram uma fortaleza e a igreja de Nossa Senhora da Conceição, também conhecida como “Mamã Muxima”.
O projeto visa a intervenção numa área de 40 hectares e só a basílica será edificada num espaço de 18 mil metros quadrados, tendo capacidade para acomodar 4.600 pessoas sentadas, bem como o seu arranjo urbanístico.
Prevê, no exterior da basílica, a construção de uma praça pública com capacidade para receber 200 mil peregrinos. Envolve ainda infraestruturas rodoviárias em torno do perímetro do santuário e áreas de estacionamento para três mil viaturas.
Comentários