Anita Wong, 61 anos, e Brenda Lo, 53 anos, surgem as duas de Hong Kong, na China, para uma primeira peregrinação a Fátima. Assumem que esta é uma viagem com especial significado e contam que quiseram ser testemunhas da cerimónia que assinala o Centenário das Aparições.

Descrevem-se como pessoas despachadas, que quando precisam de ajuda vão ao posto de informações ou perguntam a alguém, constatando que quase toda a gente fala qualquer coisa de inglês e consegue ajudá-las.

“Não se vê muita informação em inglês, mas têm panfletos como este, que está inglês, que mostra para onde vamos, onde são as missas, a localização e as horas. Esta informação é muito clara”, refere Anita Wong.

Ainda assim, Brenda Lo gostava de ter encontrado informação em inglês sobre a passadeira das promessas, com 193 metros, que muitos peregrinos percorrem de joelhos.

“Qual é o significado disso? Só há informação em português, não há em inglês e eu usei o Google para perceber qual é o significado”, adiantou, explicando que ficou a saber que as pessoas usam a passadeira para caminhar.

Nesse sentido, Anita Wong defende que é preciso mais sinalização em inglês, mas disse também acreditar que o santuário faça isso nos próximos dias, porque até agora encontraram tudo sozinhas.

Já as amigas Sibiylle Schaedler, 60 anos, e Claudia Lütsche, 61 anos, da Suíça, visitam Fátima juntamente com os maridos. Explicam rapidamente que não são peregrinas, que estão em viagem por Portugal e chegaram hoje a Fátima, depois de terem ouvido falar na vinda do papa Francisco.

Questionada sobre a falta de informação em línguas estrangeiras, Sibiylle Schaedler revela que a estratégia do grupo é simplesmente seguir as pessoas e irem para onde as outras pessoas vão, admitindo que não há muita informação em inglês.

“O que temos feito até agora é observar as pessoas e ver o que elas fazem, a queimar velas, e nós vamos para onde as pessoas vão. Isso ajuda, mas agora que penso nisso não vi nenhum sinal em inglês ou alemão, mas nós arranjamos solução”, explicou.

Admite, por isso, que seria ótimo se houve informação noutras línguas, de modo a que todos soubessem exatamente onde é a entrada da igreja, onde se podem comprar velas ou “onde é isto e aquilo”. “Seria muito útil”, defende.

De peregrinação a Fátima pela segunda vez, Nicole Masset, uma francesa de 68 anos da zona norte de Paris, conta que, como veio numa excursão com guia, teve direito a que lhe explicassem tudo antes de chegar, desde os três pastorinhos, aparições e visita do papa Francisco.

Apesar disso, também se queixa da falta de painéis com informação em francês, dando como exemplo um amigo que quis comprar e queimar uma vela e não percebeu como é que o poderia fazer.

“Em Lourdes, acolhemos pessoas de todas as nações e acho que as coisas estão mais bem explicadas do que aqui, onde são pouco visíveis, não há painéis ou setas ”, defende Nicole.

Jagadishwar Toppo, 44 anos, está em Fátima com a mulher e a filha desde Mumbai, na Índia, e não se mostra muito preocupado com a aparente falta de informação em inglês.

Explica que, sempre que precisa, dirige-se ao posto de informações e todas as pessoas “falam inglês e explicam muito bem”, referindo que mesmo os voluntários no recinto são muito prestáveis e também falam inglês.

“De facto, em muitos sítios as informações estão escritas em português, mas é fácil de perceber o que se está a passar e viver o momento de religiosidade e espiritualidade”, aponta.

O Santuário de Fátima tem mais de 12.500 estrangeiros inscritos para a peregrinação internacional aniversária de sexta-feira e sábado, presidida pelo papa Francisco

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