Os dois suspeitos da autoria dos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, o pai e a madrasta da menina, estiveram a colaborar na reconstituição do crime na casa do suspeito, referiu a mesma fonte.
Outras diligências continuam a ser efetuadas pelos inspetores, para reunirem provas de que o crime foi concretizado pelo pai e pela madrasta da criança durante o dia de quarta-feira.
Em conferência de imprensa, o coordenador do Departamento de Investigação Criminal da PJ de Leiria, Fernando Jordão, referiu hoje que o corpo da criança terá sido levado para uma zona de mato na Serra D’El Rei, em Peniche, distrito de Leiria, onde foi tapado com arbustos.
“Estamos a verificar [o cenário da morte], mas claro que terá de ter acontecido em algum contexto de violência”, disse o responsável, salientando que, “à partida” não terá sido uma morte acidental.
O coordenador da PJ de Leiria adiantou que a morte terá ocorrido “por questões internas do funcionamento da família”, escusando-se a revelar mais informações. O responsável esclareceu que esta situação não terá correlação com o desaparecimento da criança numa outra ocasião.
A menina, de nove anos, foi dada como desaparecida na manhã de quinta-feira por uma denúncia feita pelo pai no posto da GNR de Peniche.
As buscas contaram com o envolvimento de “mais de 600 elementos ativos, numa área de percorrida de sensivelmente de quase 4 mil hectares, palmilhada mais do que uma vez em alguns locais”.
Entre estes elementos estiveram as valências do destacamento de Intervenção de Leiria e o grupo de intervenção cinotécnico (com cães treinados), de Lisboa, e a equipa de aeronaves remotamente pilotadas da GNR, a PSP, bombeiros, escuteiros e vários civis.
O corpo da criança foi encontrado a meio da manhã de hoje, mas a PJ não quis confirmar se foram os suspeitos a indicar o local onde deixaram a vítima.
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