O anúncio foi feito hoje pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, à margem da conferência “Desafios da mobilidade nos territórios de baixa densidade”, realizado na Covilhã, no distrito de Castelo Branco.
Segundo a governante, em zonas menos povoadas ou dispersas, esta é uma forma de incentivar a utilização dos transportes coletivos.
“Sendo as CIM autoridades de transporte, cada vez mais a gestão dos transportes tem de deixar ser feita a nível municipal e passar a ser a ser feita a nível supramunicipal, o que implicará uma escala maior, tornará o serviço mais atrativo para os operadores privados poderem concorrer e torna a operação mais rentável do que estarem a candidatar-se aos transportes públicos apenas de um concelho”, frisou Ana Abrunhosa.
A ministra considera esse “trabalho complexo”, mas que tem de ser feito pelas CIM, em articulação com as entidades e serviços das regiões, para que a oferta seja consentânea com as necessidades da população.
“Tem de haver quantidade e qualidade de veículos nas horas em que as pessoas precisam e tem depois de haver intermodalidade entre os diferentes transportes”, preconizou Ana Abrunhosa.
A governante deu o exemplo de zonas onde a gestão dos transportes coletivos é feita a um nível intermunicipal, onde existe uma oferta complementar “para pessoas com baixos rendimentos, para pessoas mais frágeis, mais envelhecidas,” que é o transporte a pedido, mediante reserva por telefone, tendo em conta o perfil dos utilizadores.
“O transporte flexível está a funcionar muito bem em alguns municípios. Envolvem-se também taxistas e é também fonte de rendimento para operadores privados do território”, vincou.
Ana Abrunhosa salientou que o propósito do Governo é que o Plano de Mobilidade seja um plano “de acessibilidade e de coesão”.
A ministra defendeu a existência de “soluções adaptadas a populações mais envelhecidas, distribuídas de forma dispersa, para as quais tem de se garantir um transporte customizado”.
Ana Abrunhosa informou que o Governo tem previsto distribuir “mais de 300 milhões de euros” pelas áreas metropolitanas e pelas comunidades intermunicipais (CIM) para melhorar a mobilidade no país, mas acrescentou que se trata sobretudo de uma questão de organização.
“Estamos a falar, em primeiro lugar, de organização e depois, naturalmente, vamos falar de investimento e de subsidiação”, referiu.
Comentários