“Estamos a fazer tudo para que a companhia não seja encerrada, porque o quadro clínico é complicado”, disse Ulisses Correia de Silva, que não descartou o cenário de encerramento dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).
Ulisses Correia e Silva falava aos jornalistas hoje, na cidade da Praia, à margem do lançamento oficial dos voos inter-ilhas da companhia aérea das Canárias ‘Binter’ em Cabo Verde.
Questionado pelos jornalistas sobre se a TACV corre o risco de fechar portas, Ulisses Correia e Silva insistiu: “Estamos a fazer tudo para que não feche, para que continue a voar nos céus de Cabo Verde e para que tenha um bom parceiro estratégico”.
“Estamos a trabalhar nisso com o Banco Mundial”, acrescentou.
A companhia aérea cabo-verdiana enfrenta problemas financeiros e de tesouraria e o Governo está a trabalhar num plano de reestruturação com vista à sua privatização.
O plano deverá incluir cortes nas despesas de funcionamento da empresa e despedimento de trabalhadores, embora o executivo não tenha ainda avançado quantos.
“Estamos a criar as condições para a sua reestruturação e depois para a sua privatização. Essencialmente estamos à procura de uma solução para a privatização do negócio internacional”, disse Ulisses Correia e Silva.
Questionado sobre se já há propostas para a compra da companhia aérea e sobre se a ‘Binter’ poderá ser um dos interessados, o primeiro-ministro cabo-verdiano adiantou que todas as possibilidades estão em aberto.
O início das operações da ‘Binter’, que desde sábado já voa entre as ilhas cabo-verdianas de Santiago, São Vicente e Sal, foi assinalado oficialmente hoje com uma cerimónia de batismo de um dos dois aviões da companhia que vão assegurar a rota.
Na cerimónia participaram, além do primeiro-ministro, vários ministros cabo-verdianos, bem como uma comitiva das Canárias liderada pelo presidente do Governo, Fernando Clavija, que está em Cabo Verde para a cimeira entre as duas regiões, que decorre na terça-feira.
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