Fontes da polícia catalã (Mossos d’Esquadra) explicaram aos meios de comunicação social que foi acionada a operação “Jaula”, com controlo das estradas de saída da Catalunha, para tentar localizar Puigdemont e evitar de novo a sua saída para o estrangeiro, como aconteceu em 2017.
Imagens transmitidas pelas televisões mostram como foram cortadas diversas estradas, como a autoestrada que liga a Catalunha ao sul de França, com os carros a serem inspecionados pela polícia.
Puigdemont, alvo de um mandado de detenção em território espanhol, esteve hoje numa praça de Barcelona, rodeado por milhares de pessoas, num regresso a Espanha após quase sete anos a viver no estrangeiro para fugir à justiça do país.
Depois de ter dirigido algumas palavras aos apoiantes, convocados para o local pelo seu partido, o Juntos pela Catalunha (JxCat), Puigdemont abandonou o palco instalado no local e desapareceu, aparentemente, entre a multidão.
Enquanto esteve neste local, Puigdemont não foi abordado pela polícia.
Puigdemont, que protagonizou a declaração unilateral de independência da Catalunha de 2017, tinha anunciado na quarta-feira que pretendia estar hoje no parlamento regional, de que faz parte, por ter sido eleito deputado nas eleições regionais de 12 de maio.
No entanto, nunca chegou ao local de acesso ao perímetro do parlamento regional, que estava controlado pela polícia e onde hoje decorre o plenário de investidura do socialista Salvador Illa como novo presidente do governo catalão, na sequência das eleições autonómicas de maio.
Puigdemont admitiu que arrisca ser detido neste regresso hoje a Espanha e considerou que a sua detenção seria “arbitrária e ilegal”, por estar já em vigor a lei de amnistia para separatistas da região.
O Tribunal Supremo espanhol recusou, num primeiro parecer, aplicar a amnistia a Puigdemont, que apresentou recurso desta decisão e aguarda uma resposta.
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