"Em Rouen, agentes da polícia nacional neutralizaram esta manhã um indivíduo armado que pretendia claramente atear fogo à sinagoga da cidade. Felicito-os pela sua capacidade de resposta e coragem", escreveu Gerald Darmanin numa publicação da rede social X.
Às 6:45 locais (5:45 em Lisboa), a polícia recebeu um alerta sobre fumo perto da sinagoga, que fica no centro histórico de Rouen, informou uma fonte das forças de segurança.
A identidade e as motivações do agressor ainda não são claras, sendo que o homem carregava consigo uma faca e uma barra de ferro, de acordo com as autoridades locais.
"Um indivíduo ateou fogo à sinagoga de Rouen", disse o procurador da cidade, Frédéric Teillet, antes de informar que o homem terá ameaçado "polícias e bombeiros". "Depois, ele ameaçou um agente com uma faca. O agente utilizou a sua arma e o indivíduo morreu", disse o procurador.
O incidente ocorreu no início da manhã desta sexta-feira, escreveu a Reuters, que adianta também que já estão bombeiros no local. O presidente da Câmara Municipal de Rouen fez saber numa publicação oficial que esta cidade da Normandia estava “abalada e chocada” com o incidente.
A justiça abriu duas investigações: uma por incêndio contra um local de culto e "violência voluntária" contra funcionários públicos, e a segunda pela morte do homem. As autoridades não identificaram o agressor até o momento.
O rabino Chmouel Lubecki afirmou que a comunidade judaica de Rouen, que tem entre 150 e 200 famílias, está "em choque" e espera que o ataque não tenha afetado os Livros da Torá, a obra "mais importante na sinagoga".
Em 2016, a cidade foi abalada por um ataque, quando um padre foi morto com uma faca durante uma missa na cidade de Saint-Étienne-du-Rouvray, um subúrbio de Rouen. O ataque foi mais tarde reivindicado pelo Estado Islâmico.
A França, que tem a maior comunidade judaica da Europa, registou um aumento dos atos antissemitas desde o início da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, em resposta ao ataque executado em 7 de outubro pelo movimento islamista palestiniano Hamas em território israelita.
No início de maio, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, anunciou que o número de atos antissemitas cresceu 300% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023.
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