De acordo com informações tornadas hoje públicas, a polícia londrina enviou cartas sobre o incêndio ao município local e ao Kensington and Chelsea Tenant Management Organisation (KCTMO), organismo público encarregado da administração dos apartamentos sociais.
Nas cartas, os investigadores encarregados do inquérito explicam que “existem motivos razoáveis para suspeitar que as duas entidades cometeram o crime de homicídio”.
Citam, nomeadamente, “uma enorme quantidade de material recuperado e numerosos testemunhos recolhidos” para justificar as suspeitas, acrescentando que os visados deverão ser ouvidos em breve.
O balanço do incêndio, que ocorreu a 14 de junho e destruiu totalmente a torre, de 24 andares, é de pelo menos 80 mortos, mas poderá ainda subir, porque continuam pessoas dadas como desaparecidas.
Os habitantes responsabilizaram o revestimento recentemente colocado no imóvel – composto por alumínio e plástico – como o grande propulsionador das chamas, iniciadas num frigorífico.
Hoje, familiares de algumas das vítimas realizaram uma cerimónia para recordar aqueles que perderam no incêndio: “Era um lugar feliz, e agora parece uma zona de guerra, sangrenta, cheia de esqueletos, e das vozes silenciosas que nunca mais serão ouvidas”, disse Adelaide Mendy, tia de uma das vítimas, segundo a agência PA.
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