“A operação de requalificação e valorização levada a cabo traduziu-se num território mais qualificado, com renovadas condições de fruição e utilização mais seguras”, frisou André Matoso, presidente da comissão liquidatária da Polis Litoral Sudoeste, à agência Lusa.

Fundada em 2009, a sociedade tinha uma participação maioritária do Estado e das câmaras de Sines (Setúbal), Odemira (Beja), Aljezur e Vila do Bispo (Faro).

A Polis Litoral Sudoeste concluiu a sua atividade no final de novembro de 2021, depois de “mais de 10 anos de muito trabalho, envolvendo a elaboração de estudos, a realização de projetos e a execução de empreitadas” ao longo de 150 quilómetros de frente costeira e de 9.500 hectares nos quatro municípios e também na costa de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém (Setúbal).

Segundo André Matoso, o investimento total aplicado nas intervenções de valorização do litoral alentejano e na costa vicentina ascendeu a 31.657.336,62 euros, “tendo sido mobilizadas diversas fontes de financiamento, nacionais e comunitárias”.

Este montante acabou por permitir “promover uma nova cultura de prevenção, defesa e valorização costeira, num território de qualidade e naturalmente preservado”, assim como “qualificar o território” e “diversificar a sua vivência”.

Para o responsável, na área abrangida pelo Polis Litoral Sudoeste os sistemas costeiros de arribas e dunares estão “mais protegidos”, os espaços balneares “mais qualificados”, a atividade piscatória “mais valorizada e segura”, as zonas urbanas “mais qualificadas” e a mobilidade “mais sustentável”.

“O conjunto de intervenções realizadas constituiu uma oportunidade de desenvolvimento”, com a “implementação concertada e integrada de diversas ações”, destacou.

Estas iniciativas revelaram-se “altamente potenciadoras dos recursos endógenos deste território” e “muito contribuem para o seu desenvolvimento económico sustentado”, disse à Lusa.

Para o presidente da comissão liquidatária da sociedade, “quem visita ou habita no litoral do sudoeste alentejano e da costa vicentina usufrui agora de informação de qualidade e específica das zonas visitáveis, de estacionamentos ordenados, de praias mais protegidas dos processos erosivos” e “de espaços públicos com melhores condições”.

Além do mais, estes territórios ficaram mais bem dotados “em termos de estruturas de suporte à visitação e usufruto de visitantes e residentes, bem como de algumas atividades económicas tradicionais, como sejam os vários portinhos de pesca reabilitados”.

André Matoso acrescentou que, “como consequência destas benfeitorias, também os valores naturais” da região ficaram salvaguardados de melhor forma.

“Em resumo, foram 12 anos de trabalho dedicado à valorização desta ímpar e importante zona de Portugal”, conclui André Matoso.

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