“O terminal terá um grande parque com uma área semelhante à da Avenida dos Aliados com muitas árvores, arbustos, vegetação, espelhos de água e bancos para as pessoas se sentarem”, explicou o arquiteto Nuno Brandão Costa, à margem da inauguração da exposição “Terminal Intermodal de Campanhã – Projetos Participantes”, na Câmara do Porto.
A mostra, patente no átrio da Câmara do Porto até 6 de março, entre as 09:00 e 17:00, exibe os 22 projetos que concorreram ao concurso público lançado para a conceção do TIC.
Nuno Brandão Costa explicou que o parque funcionará como um “pulmão” da zona leste da cidade portuense, onde existe um “enorme” lapso de espaço verde, e como um elemento agregador de toda a envolvente urbana.
“Um pulmão verde que acaba por retirar carga poluente, dado que com este terminal a carga mecânica vai ser ainda maior”, disse.
O parque terá um circuito pedonal e ciclável que as pessoas podem percorrer para aceder ao terminal ou apenas para passear e desfrutar da paisagem.
Para Nuno Brandão Costa, o parque concretiza a transição entre o terminal e o tecido urbano convencional, estabilizando a morfologia do terreno.
“O terminal é um espaço aberto, ventilado, transparente e com uma ligação contínua ao exterior”, sustentou, sublinhando que o TIC separa a zona mecânica e viária da zona pedonal.
Nuno Brandão Costa explicou que, além da questão funcional e mecânica, o projeto de concessão do TIC pretendeu resolver uma desordem territorial e uma grande fragmentação urbana existente naquela zona da cidade há anos.
Durante a cerimónia, o presidente do município, Rui Moreira, salientou que ao fim de 14 anos de promessas, o TIC deixou de ser uma promessa para ser um projeto e, em breve, passar a ser uma obra.
Na sua opinião, o projeto é estruturante para o desenvolvimento da zona oriental da cidade, mas é também fundamental para a mudança de paradigma da mobilidade coletiva em toda a cidade.
O projeto tem várias vantagens, sendo uma delas a ligação entre as duas partes da zona da Campanhã e um elemento integrador de um dos principais nós da rede de transportes a nível metropolitano, frisou.
O projeto de Nuno Brandão Costa tem um custo estimado de 6,3 milhões de euros e permitirá uma interligação entre os diferentes meios de transporte.
A empreitada, que deverá ter um prazo de execução de cerca de 18 meses, irá arrancar em 2018.
Comentários