Em causa estão projetos de excelência nas áreas da oncologia, neurociências, doenças infecciosas e cardiovasculares, bem como projetos biomédicos transversais.

Numa informação enviada à agência Lusa, a Fundação “la Caixa” adianta que o processo de candidaturas de 2018 terminou em março, sendo que dos 785 projetos apresentados na convocatória, 167 são de Portugal, ou seja, mais de 20% do total.

“O total do financiamento solicitado pelos projetos coordenados por instituições portuguesas é de 96 milhões de euros”, é destacado na nota, que indica também que a Fundação Bancária “la Caixa” vai contribuir com 12 milhões de euros anuais para a nova convocatória.

A Fundação para Ciência e Tecnologia (FCT) vai igualar os investimentos que a “la Caixa” destine a projetos de investigação selecionados em Portugal, na sequência de um acordo de colaboração assinado em fevereiro.

Na nota, é referido que de entre as cinco instituições com mais projetos apresentados, três são de instituições portuguesas.

A Fundação destaca que as candidaturas apresentadas dividem-se em áreas temáticas como as doenças cardiovasculares (19), doenças infecciosas (27), neurociência (47), oncologia (35) e outras áreas de biomedicina (39).

“Serão selecionados cerca de 20 projetos, os de maior potencial e impacto social, quer seja no âmbito da investigação básica, clínica ou translacional, através de um processo que cumpre os melhores padrões de qualidade, imparcialidade, objetividade e transparência”, é referido.

A entidade esclarece que vão ser concedidas ajudas até 500.000 euros para os projetos transformadores que se poderão destinar a um único grupo de investigação e até 1.000.000 de euros para iniciativas que agrupem mais de um centro e que apresentem um elevado grau de transdisciplinaridade (nesta pode ser valorizada existência de parceiros internacionais).

Os projetos apresentados à convocatória foram liderados por investigadores de universidades e centros de investigação sem fins lucrativos de Espanha e Portugal e serão avaliados até junho.

Os resultados serão tornados públicos em julho e as iniciativas selecionadas serão executadas ao longo de 36 meses.

De acordo com os últimos dados da Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, seguidas das oncológicas.

As doenças infecciosas são a causa de uma em cada três mortes no mundo enquanto no campo das doenças degenerativas, 47 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de demência.