“Portugal continua a registar desequilíbrios. As vulnerabilidades relacionadas com a elevada dívida privada, pública e externa estão a diminuir, mas continuam presentes”, indica o executivo comunitário, numa comunicação hoje divulgada no âmbito do pacote de primavera do Semestre Europeu.
Porém, apesar de continuar a registar desequilíbrios macroeconómicos, Portugal faz parte do grupo de países — juntamente com Alemanha, Espanha e França — onde “as vulnerabilidades estão a diminuir”, de tal forma que, “se estas tendências se mantiverem no próximo ano, [isso] justificaria uma decisão de ausência de desequilíbrios”, de acordo com o executivo comunitário.
Para este cenário contribui o facto de, “após uma interrupção temporária devido ao surto da pandemia, os rácios da dívida do setor privado e da dívida pública terem regressado a trajetórias decrescentes em 2021”, esperando-se “que continuem a diminuir, favorecidos pelo crescimento económico”.
Bruxelas destaca também pela positiva a “nova recuperação acentuada das exportações, especialmente do turismo, bem como as políticas em curso de apoio à eficiência energética e às energias renováveis”, alertando pela negativa que “os preços da habitação registaram um forte crescimento” e para o “impacto do aumento da restritividade das condições financeiras e o ambiente externo incerto”.
O Semestre Europeu é o quadro para a coordenação das políticas económicas dos países da União Europeia, no âmbito do qual a Comissão Europeia avalia os planos orçamentais nacionais e acompanha os progressos das finanças públicas.
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