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A Web Summit Lisboa está aí à porta, colocando novamente a cidade no mapa global da tecnologia durante a próxima semana. A cimeira, que deverá reunir mais de 70 mil participantes, 2.500 startups e 900 oradores, é o palco onde fundadores, investidores e decisores públicos discutem o futuro da tecnologia. Entre as principais tendências estão a inteligência artificial, a energia limpa, a regulação digital e a influência crescente da China no ecossistema global. Mas, mais uma vez, é também um espaço onde o ecossistema português se faz ouvir.
De acordo com a organização, a Web Summit “traz a Lisboa as pessoas e as empresas que estão a definir o próximo capítulo da tecnologia”. A edição deste ano marca o regresso de dezenas de startups portuguesas que procuram investidores, clientes e visibilidade internacional, e mostra como Portugal se consolidou como um ponto estratégico na inovação europeia.
Startups portuguesas ganham palco global
Entre essas empresas está a Bling Energy, que aposta em soluções de energia solar acessíveis. O CEO, Bernardo Fernandez, sublinha que “a cada edição, a Web Summit desafia-nos a olhar para o futuro, para as ideias, tecnologias e tendências que estão a transformar o mundo, e reforça a posição de Portugal como palco global de inovação”. Segundo o responsável, a Bling quer provar que “é possível tornar o acesso à energia solar simples, eficiente e verdadeiramente acessível a todos”.
Outro exemplo é a sheerME, que utiliza tecnologia para digitalizar os setores do bem-estar, beleza e fitness. O CEO, Miguel Ribeiro, recorda que a empresa é “uma verdadeira filha da Web Summit, pois foi aí que começámos a dar os primeiros passos rumo à internacionalização e onde se abriram as portas para o mercado brasileiro”. O fundador acrescenta que “voltamos agora à Web Summit com a missão de levar o bem-estar digital made in Portugal ao mundo”, refere.
Para além das startups, também os hubs e incubadoras nacionais reforçam a sua presença na cimeira tecnológica. A Casa do Impacto, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, leva várias startups com foco em soluções sociais e ambientais. O diretor, Nuno Comando, destaca que o evento “é uma plataforma muito relevante para que algumas das startups da Casa do Impacto conheçam stakeholders internacionais de referência e exponham as suas inovações”. Para o responsável, trata-se de uma oportunidade de “fomentar o empreendedorismo mais inclusivo e sustentável” e de “posicionar Portugal na vanguarda da inovação com propósito”.
"Portugal deixou de ser apenas um ponto no mapa, é um ecossistema capaz de criar produtos de classe mundial."
Na área das apps móveis, a Air Apps, fundada por Filipe Ferreira, representa uma nova geração de tecnologia portuguesa com ambição global. “Portugal deixou de ser apenas um ponto no mapa, é um ecossistema capaz de criar produtos de classe mundial”, afirma. A empresa quer mostrar na Web Summit “como a inteligência artificial pode devolver tempo às pessoas e elevar o bem-estar digital através de experiências simples e transparentes”.
Também a Lispolis, um dos principais parques tecnológicos de Lisboa, volta a marcar presença. A administração destaca três benefícios da participação: “a energia positiva que contagia todo o ecossistema, incubadoras, investidores, startups e PMEs; a oportunidade de interagir com líderes globais que colocam Lisboa no centro das atenções; e a descoberta de novos projetos e founders com quem avaliar formas de acelerar o crescimento”. Segundo a administração, é essa dinâmica que reforça o papel da Lispolis “no futuro da inovação em Portugal”.
Inteligência artificial volta a dominar a edição deste ano
A edição de 2025 chega num contexto em que a inteligência artificial continua a dominar o debate e a fazer manchetes. A Web Summit dedica várias das suas 20 áreas temáticas à IA, desde o AI Summit ao New Energy Summit, refletindo o impacto transversal desta tecnologia. Entre os temas em destaque estão o uso ético da IA, a eficiência energética, a criatividade assistida por algoritmos e o papel da regulação.
De acordo com os dados divulgados pela Web Summit, esta edição contará com novos espaços, como o China Summit, dedicado à inovação e à transformação industrial no país asiático. Também se mantém o foco em encontros e iniciativas que promovem ligações diretas entre startups e investidores.
"A IA permite-me poupar tempo, o que torna o equilíbrio com a vida familiar menos difícil."
Ao mesmo tempo, a organização volta a publicar o State of Gender in Tech Report, que mostra uma realidade mista: 77% das mulheres em tecnologia utilizam IA diariamente e 75% veem nela um potencial para promover inclusão, mas 60% acreditam que o equilíbrio de género no setor piorou no último ano.
Segundo o documento, muitas inquiridas destacam a IA como uma ferramenta que pode aliviar a pressão sobre o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. “A IA permite-me poupar tempo, o que torna o equilíbrio com a vida familiar menos difícil”, refere uma participante.A Web Summit Lisboa acontece de 10 a 13 de novembro.
A programação, os convidados e as organizações inscritas podem ser consultados aqui.
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