“O Governo do Luxemburgo não vai tolerar este tipo de coisas e trabalha com Portugal para que não sejam possíveis no futuro”, disse Jean Asselborn à imprensa em Lisboa.

O ministro luxemburguês respondia a uma pergunta sobre casos de trabalhadores portugueses explorados por empresas portuguesas a operar no Luxemburgo, o mais recente dos quais foi conhecido em setembro e envolve, segundo o Diário de Notícias, a empresa de construção civil HP Construction.

Jean Asselborn, que foi hoje recebido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, frisou que os responsáveis por este crimes “são criminosos” e que a inspeção do trabalho luxemburguesa foi acionada, cabendo agora à justiça o seguimento a dar ao processo.

Augusto Santos Silva frisou também que “evidentemente a exploração à margem da lei de trabalhadores por empresas é um crime” e assegurou que as autoridades portuguesas seguem “com todo o interesse o processo em curso para averiguar os factos e punir os responsáveis”.

Ambos os ministros tinham já antes realçado o papel da comunidade portuguesa no Luxemburgo, que o ministro luxemburguês disse corresponder a um sexto dos 600 mil habitantes do país, portanto, cerca de 100 mil pessoas.

“O Luxemburgo não seria o que é sem o contributo da comunidade portuguesa”, assim como de outros imigrantes, que no conjunto representam 48% da população do país, disse Jean Asselborn.